terça-feira, 9 de outubro de 2007

Xacriabá na Web

"Tribo de indios sai do anonimato e entram para a Web

"Após quatro meses de experiência de utilização da Internet, os Xacriabá comemoram a chegada da tecnologia à sua tribo como uma barreira vencida pela população da aldeia, localizada no município de São João das Missões, no Norte de Minas


Ocupando uma área de mais de 46 mil hectares e reunindo um número superior a seis mil índios, a maior etnia indígena do Estado, já há algum tempo, vinha buscando uma forma de estar em maior contato com outras culturas. Isso porque a Web é vista por eles como o meio mais rápido de levar as crenças e as dificuldades de seu povo ao conhecimento de todos.

"Queremos transformar a Internet em uma aliada na luta dos povos indígenas pela conquista e garantia de seus direitos", é o que garantem os índios, em texto enviado via e-mail e elaborado com a participação do cacique Domingos Xakriabá e lideranças como Marcelo Xakriabá e José Nunes, diretores de uma das escolas onde foi instalada a Rede. A aldeia Xacriabá é a quarta reserva brasileira a ter acesso à Internet, através de uma iniciativa inédita na história do país, o Projeto Rede Povos da Floresta, coordenado pelo Comitê para Democratização ocratização da Internet (CDI). O objetivo é promover a inclusão digital dos índios brasileiros, conectando-os à Web a fim de valorizar e fortalecer a cultura e a língua indígenas.

As primeiras tribos a se integrarem ao projeto foram a Ashaninka, na Kampa do Rio Amônea, situada no município de Marechal Thaumaturgo; e Yawanawá, que ocupa a terra indígena Rio Gregório, próximo à cidade de Tarauacá, ambas no Acre. Depois foi a vez da Sapucay, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. E, desde a segunda quinzena de dezembro de 2003, a Xacriabá, organizada em 24 aldeias, começou a fazer parte do projeto. Para isso, foi necessária uma articulação entre o CDI, os professores indígenas Xacriabá e o Programa de Educação Escolar Indígena de Minas Gerais.

A tribo conta com dez computadores, todos ligados em rede e conectados à Internet via satélite, tecnologia que só existe no Brasil e nos Estados Unidos. Proporciona acesso à Rede em alta velocidade, durante 24 horas por dia, ou seja, assim que os índios ligam os computadores, eles já estão na Web e podem navegar a 300 kbps - mesma velocidade de Internet a cabo. "Apenas o envio de informações é um pouco mais lento, o que é uma característica do serviço de satélite", explica o gerente de produtos de banda larga da Star One, André Mayon. A empresa, que é a maior em soluções via satélite do Brasil, foi a responsável pela implantação da tecnologia nas aldeias.

Segundo o fundador e diretor executivo do CDI,da Internet (CDI). O objetivo é promover a inclusão digital dos índios brasileiros, conectando-os à Web a fim de valorizar e fortalecer a cultura e a língua indígenas.

As primeiras tribos a se integrarem ao projeto foram a Ashaninka, na Kampa do Rio Amônea, situada no município de Marechal Thaumaturgo; e Yawanawá, que ocupa a terra indígena Rio Gregório, próximo à cidade de Tarauacá, ambas no Acre. Depois foi a vez da Sapucay, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. E, desde a segunda quinzena de dezembro de 2003, a Xacriabá, organizada em 24 aldeias, começou a fazer parte do projeto. Para isso, foi necessária uma articulação entre o CDI, os professores indígenas Xacriabá e o Programa de Educação Escolar Indígena de Minas Gerais.

A tribo conta com dez computadores, todos ligados em rede e conectados à Internet via satélite, tecnologia que só existe no Brasil e nos Estados Unidos. Proporciona acesso à Rede em alta velocidade, durante 24 horas por dia, ou seja, assim que os índios ligam os computadores, eles já estão na Web e podem navegar a 300 kbps - mesma velocidade de Internet a cabo. "Apenas o envio de informações é um pouco mais lento, o que é uma característica do serviço de satélite", explica o gerente de produtos de banda larga da Star One, André Mayon. A empresa, que é a maior em soluções via satélite do Brasil, foi a responsável pela implantação da tecnologia nas aldeias.

Segundo o fundador e diretor executivo do CDI, Rodrigo Baggio, nesse período em contato com a Rede, a navegação tem sido bastante positiva. "Eles estão em fase de adaptação com o equipamento, mas já o utilizam para a redução de distâncias logísticas, guardar o conhecimento e para elaborar o material escolar", ressalta. Antes da chegada das máquinas, duas lideranças da tribo passaram duas semanas no Rio de Janeiro, participando de um processo de capacitação para usar a Internet, e de um fórum, juntamente com líderes das outras três tribos. "Agora eles estão passando o conhecimento a toda a comunidade Xacriabá", garante Baggio. "



Fonte: Brfree
Data da Notícia: 05/05/2004

Site:http://www.uema.br/noticias/noticia.php?id=2298

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