segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Brenda Mars:Ao Índio Poeta...


Ao índio Poeta da Mapurbe

BRENDA MAR(UE)S

Que tipo de poesia é esta do índio Mapuche?
Como se pode ser indígena no meio urbano?
O que o caracteriza não é onde ele vive
Mas o sangue de origem da sua tribo.

Ìndio traz o caráter de seu povo
Que não aceita o imposto agora
Da democracia que não olha
Pra igualdade de direitos.

Tua veste de índio consciente
Do teu papel social e coletivo
Alimenta a ânsia dos poderosos
Enquanto eles exigem o direito
Da terra que lhes foi retirada
Em 300 anos de dura resistência.

Que tipo de sistema é este?
Que se apropria do solo alheio
E prende o que tem direito
E faz de um povo escravo
De um único modelo?

Perdoe-me a aspereza Guilitraro
Mas só tu consegues extrair
Deste cenário de desolação
Versos de tuas entranhas
Em meio ao tecnológico.

Brenda Mars
Publicado no Recanto das Letras em 19/05/2006
Código do texto: T159008



A autora, minha especialíssima amiga pluridirecionada, linda por dentro e por fora,e que além de todas as ações, prepara seu casamento com o Beto.Extremamente empática com a causa indígena da América Latina,de vez em quando manda-me lindíssimas fotos de pessoas de etnias várias:

"Poeta, baterista, jornalista e mestra em Literatura e outros Sistemas Semióticos pela UFMG. A Cônsul de Poetas del Mundo, Brenda Mar(que)s Pena, dedica-se à escrita desde 1992. Gravou dois CDs com a banda de rock formada só por mulheres, Caution. É autora das letras do último trabalho distribuído de forma independente por produtores locais na Venezuela, Chile, Argentina e Brasil. Atualmente é Assessora de Imprensa do Conselho Federal de Economia em Brasília e coordena o Projeto Imersão Latina de Comunicação Alternativa para América Latina e Caribe (www.imersaolatina.com - Neste site é possível ver fotos, reportagens e o documentário Baila Cubano, Baila, produzidos por Brenda Marques). Trabalhou no jornalismo da TV Alterosa (SBT/BH) por 5 anos e realiza também saraus poéticos e exposições fotográficas. Apresentou performances poéticas no Brasil, Cuba, Estados Unidos e França. Como escritora já participou de antologias nacionais de Brasília, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Dois volumes da coleção Escritores do Ano 2000 da Editora Koinonia Sul 1998/1999 levam quatro de suas poesias. Medalha de Bronze no Prêmio Carlos Drummond de Andrade CBM e no I Festival de Cultura Popular. Participou da Bienal Internacional do Livro do ano 2000 em São Paulo pela Alba Editora. Está em processo de finalização dos livros: "Alma Desnuda" (Poemas) "Invasão do Iraque: uma guerra de imagens" (Ensaio), "Batura e Batatá: dois grilos" (Infantil), "Poesia Sonora como experiência: história e desdobramentos de uma poética de vanguarda".

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