terça-feira, 9 de outubro de 2007

Karajás e Avás- canoeiros, Goiás




A)B)Os Avá-canoeiro, "o povo invisível"

B)"Karajá em festa" (www2.ucg.br/flash/5.jpg_


www2.ucg.br/flash/Etnias.html



". E t n i a s .
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Nações indígenas
em território goiano


Fonte:www2.ucg.br/flash/Etnias.html


Karajás em festa

-Karajá: os Filhos do Araguaia
O grupo indígena Karajá pertence ao tronco lingüístico Macro-Jê, que é composto por três famílias: Javaé, Karajá e Xambioá. Os Karajás fizeram do vale do Araguaia o seu território e, na Ilha do Bananal, encontra-se a maioria das aldeias.

Os Karajás de Aruanã pertencem ao subgrupo Karajá, sendo a única aldeia do grupo no Estado de Goiás, tendo aproximadamente 70 pessoas, inclusive com cônjuges não indígenas.

Origem do nome
O nome Karajá não é um nome do acervo lingüístico do grupo. É um nome Tupi que se aproxima do significado de "macaco grande". O nome do grupo na própria língua é "iny", que significa "nós mesmos". Aruanã, da mesma forma, é um nome Tupi que batiza uma espécie de peixe, que, na língua karajá, é "ijasó", sendo também o nome de uma das principais festas dos grupos Karajás, conhecida como "Festa de Aruanã". Fabricam também as já famosas bonecas karajá, feitas de barro ou argila cozida.

Situação de contato
Vivem há muito tempo em contato com a sociedade nacional, desde o século XVI, devido à facilidade de navegação no Rio Araguaia.

O grupo passa atualmente por sérias dificuldades como o alcoolismo, tuberculose, subnutrição etc. Apesar disso, a população tem aumentado nos últimos anos.

O grupo é alfabetizado na própria língua e, depois, integrado ao sistema educacional formal do País. Alguns indivíduos das aldeias da Ilha do Bananal se destacam, participando da política regional disputando e assumindo cargos eletivos.

Situação da terra
A Ilha do Bananal é um parque indígena e se encontra em processo de demarcação. Os Karajás de Aruanã, por sua vez, estão reivindicando na justiça a retomada de sue território tradicional (moradia, plantação em vazante e em terra firme). Também organizaram uma associação para garantir sua cidadania e para tratar problemas internos do grupo, como educação, território, moradia, projetos de auto-sustentação, artesanato, entre outros.


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-Avá-Canoeiro: o Povo Invisível
Os Avá-Canoeiros são um povo Tupi que à época colonial habitavam as margens e ilhas dos rios Maranhão e Tocantins, desde a região que compreende o município goiano de Uruaçu até a cidade de Peixe, no estado do Tocantins.

As frentes colonizadoras agropastoris e a navegação pelo rio Tocantins aceleraram o contato com os Avá-Canoeiros em meados do século XVIII. Fazendas de gado e de lavoura instalaram-se em seus territórios. Os índios reagiram violentamente para impedir a invasão de suas terras, desencadeando, assim, uma guerra que durou um século.

Por volta de 1860 os Avá não podiam mais lutar, uma vez que sua população estava reduzida, devido às guerras e perseguições sofridas. A colonização em Goiás já se havia consolidado e estes índios, então, passaram a fugir dos brancos, evitando o contato. Eles migraram para outras áreas transformando seu modo de vida, para poderem sobreviver enquanto sociedade autônoma.

Origem do nome
Estes índios são assim designados devido à união das palavras "avá", distorcida do fonema "ãwã", autodenominação do grupo, e "canoeiro", marca distintiva a eles atribuída pelos primeiros colonizadores, por se servirem de canoas.

Situação de contato
Os Avá-Canoeiros sempre se opuseram ao contato pacífico com o colonizador. Eles nunca foram reduzidos, enquanto grupo, em aldeamentos oficiais, como os demais índios de Goiás.

No século XX, dois pequenos grupos de Avá, um na região do Araguaia, municípios de Formoso do Araguaia, e outro no Tocantins, município de Minaçu, foram praticamente obrigados a aceitar o contato.

Os Avá do Araguaia foram contatatos, uma parte em 1973 e, outra parte, em 1974, somando ao todo nove indivíduos.

Os Avá do Tocantins, contatos em 1983, contavam apenas quatro pessoas. Segundo os moradores dessa região bem como alguns estudiosos da história desses índios e a Funai, existem outros grupos de Avá ainda isolados, que continuam evitando o contato com a sociedade nacional, deslocando-se por algumas regiões dos estados de Goiás e Tocantins.

População atual
Os Avá-Canoeiros do Araguaia vivem na Ilha do Bananal, na aldeia Canoanã, dos índios Javaés. Contam-se quatro pessoas remanescentes do contato e outras doze, entre adolescentes e crianças, filhos de casamento de Avá com Javaé ou com Tuxá (grupo indígena da Bahia que também vive no Bananal).

Os Avá-Canoeiros do Tocantins vivem na Serra da Mesa, município de Minaçu. São seis pessoas: quatro adultos e duas crianças.

Situação da terra
Os Avá-Canoeiros do Araguaia não têm terras indígenas próprias. Eles vivem numa aldeia de índios Javaé, sendo por estes marginalizados.

A terra dos Avá-Canoeiros do Tocantins possui 38 mil hectares de extensão, está localizada nos municípios de Minaçu e Colinas do Sul, em Goiás, e ainda não se encontra demarcada. Furnas Centrais Elétricas construiu a hidrelétrica de Serra da Mesa, que ocupou 10% do território indígena. Contudo, esta perda será ressarcida em terras e em benefícios para os índios, através de um convênio entre Furnas e Funai.


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-Tapuia: Grupo Afro-Americano
Os Tapuias - o mais numeroso dos três grupos indígenas que restam no Estado de Goiás, após o desmembramento do Tocantins - vivem numa única reserva chamada Área Índigena Carretão, composta de duas glebas (áreas) não contínuas, situadas entre a Serra Dourada (Tombador) e o Rio São Patrício (ou Carretão), nos municípios de Nova América, Rubiataba e Goiás.

Os Tapuia são remanescentes dos povos indígenas que foram levados para o aldeamento Carretão, construído pela administração colonial portuguesa em 1788. Os primeiros habitantes deste local foram as etnias Xavante, Xerente, Karajá e Kayapó e negros africanos fugidos da escravidão das fazendas. Os Tapuias são a mistura desses grupos étnicos (quatro povos indígenas mais os negros).

Origem do nome
Este termo não é denominação de um grupo indígena específico, mas um termo genérico. Há várias versões explicando o termo, sendo duas mais conhecidas:

1) a que remete sua aplicação original a todos os índios que habitavam o interior do País, no início da colonização portuguesa, ou seja, o termo tapuia se dava em oposição ao Tupi; e 2) a que indica a "condição marginal" de todo índio em situação de convívio com o branco, e que perdeu a referência étnica.

Os Tapuias se denominam hoje com este nome que lhes foi atribuído pelo branco.

População atual
Dentro da área indígena: cerca de 130 pessoas. Fora da área: mais de 200 pessoas, encontradas em Goiânia, Brasília, Nova América, Rubiataba, Ceres, Crixás, Mozarlândia etc e em outros estados, como Tocantins, Mato Grosso e Pará.

Situação de contato
Encontram-se num processo adiantado de aculturação; incorporam elementos culturais da sociedade nacional, sistema de trabalho, organização econômica, casamento com pessoas de fora da comunidade (casamentos interétnicos); e conservam a noção de pertença às origens indígenas.

Situação da terra
A Área Indígena Carretão compreende duas glebas: a gleba 1, subdividindo-se em gleba 1A, localizada no município de Nova América, e a gleba 1B, localizada no município de Rubiataba, com uma área de 1.666 hectares; e a gleba 2, localizada no município de Nova América, com uma área de 77,5 hectares.

Seu território já é demarcado e homologado; ainda há invasores tanto da gleba 1 como da gleba 2. Os Tapuias ocupam somente a gleba 1; a gleba 2 está totalmente ocupada por invasores. "


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"-Etnias em Goiás e Tocantins no século 18

-Araxá (?)

-Kaiapó (1720, 1760, 1830)

-Goiá (1722-1760)

-Araés (?)

-Xavante (1762)

-Karajá (1742)

-Crixás (?)

-Avá-Canoeiro (1750)

-Akroá (1753, 1760)

-Akroá-Xacriabá (1760)

-Tapirapé (?)"


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"Fontes:
-Momento UCG, abril de 2000
-Atlas Histórico, Goiânia, Cecab, 2001. P. 31

Fotos:
Manuel Lima Ferreira Filho e Dulce M. Rios Pedroso/IGPA "

2 comentários:

meriam disse...

Gostei muito destas informações que encontrei, especialmente sobre os Avás-Canoeiros.

Um abraço,

Meriam

Unknown disse...

''Os Avás-Canoeiros tem uma história muito importante p/ os estados de Goiás e Tocantins,especificamente as regiões norte d Goiás e sul Tocantins.Foram pioneiros na historia da fundação da minha querida cidade de Formoso-Go,há 407 km da capital Goiana''DANIEL VIEIRA DA SILVA.