terça-feira, 6 de novembro de 2007
Édison Pereira de Almeida:índios Xoklengs
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06/11/2007 14h04
Edson Almeida Pereira, de Portugal(Ilha da Madeira), nos escreve.
Edson Almeida Pereira, de Portugal,responde de forma interessantíssima, sobre os índios Xoklengs, mencionados no poema publicado neste blog,de Lindolf Bell, poeta catarinense (o Centro de Memória do poeta Lindolf Bell, fica em Timbó, cidade brasileira de SC, sua cidade-natal, onde foi marchand de arte, e manteve a galeria Açu-Açu.A curadora é sua fuilha, Rafaela Hering Bell, também filha da renomada artista plástica Elke Hering)
Responder
Édison Almeida Pereira
"Minha cara Clevane , bom dia!
Luz do sol e bom amanhecer lhe desejo em teu viver eterno.
Conheço bem a HISTÓRIA DOS XOKLENG, uma civilização que em nossas pesquisas
sôbre Atlântida entre outras, são como os KIRIRI, os povos que vieram do
MAR....algo que nas pesquisas sempre me deixou imensamente intrigado entre
as 28 NAÇÕES ditas INDIGENAS que eu conheci pelo mundo afora, é que a origem
do nome CHOCOLATE ou do produto em si derivado do cacau , vinha de Xoxleng,
até porque descobri remanescentes entre PORTO BELO, ITAPEMA,BOMBAS E
BOMBINHAS, Santa Catarina, desta civilização infelizmente semi destruída
pelos brancos, ou invasores...
E COMO SANTA CATARINA e o Sul do Brasil tem uma enormidade de produtores de
Chocolate pesquisei mais fundo e concluimos que até a cor deles, deu origem
ao produto final...aquele bronzeado lindissimo dos povos SILVICOLAS.
Relembrando tudo isto e minhas andanças, peço que por favor visite o site :
www.ermitaodapicinguaba.com e leia INDIO, uma vivência que de fato ocorreu
lá pelas bandas do MATO GROSSO e que há muitos e muitos anos eu também
visitei , por diversas vezes, desde os tempos em que os famosos IRMÃOS VILAS
BOAS, já lá tinham feito os primeiros contactos com nossos irmãos Xavantes,
Xaraés, Cintas LARGAS, Tupy Guaranis e tantos outros.....
É engraçado, mesmo Atlântida, tem tudo a ver com estes povos esquecidos e
semrpe será necessário mantermos acesa esta chama , para que nossos
descendentes também saibam respeitar mais as SUAS ORIGENS e tudo que a
NATUREZA nos presenteia.
Agradeço a vossa intervenção e divulgação .
Atentamente,
Édison Pereira de Almeida
Ilha da Madeira - Portugal
www.ermitaodapicinguaba.com
Visite.
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segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Claudio Bento:Onde Mora o Coração Indígena
Na imagem,cartão,de postais antigos (cedidos por Marie Lieux), indígenas desgarrados de sua tribo, fotografados em uma experiência de poses, na França, onde o olhar triste de todos, demonstra essa dor por aquilo que foi deixado para trás.
CLAUDIO BENTO:ONDE MORA O CORAÇÃO INDÍGENA("Onde Mora Seu Coração"
O poeta mineiro Claudio Bento,atende à nossa chamada nos envia seus versos.Neles, o poeta passa claramente, a idéia de movimento, a migração, corroborado pelos gerúndios ("procurando o rio"/"procurando a identidade perdida")a mostrar a busca por essas raízes:usa a linda metáfora da veste :"...vestidos de pobreza e solidão", o que acentua o tom pungente, desse retrato em movimento, um "movie" de palavras certas, que nos traz a parte pictórica e em nossa mente, vemos um curta-metragem, um aspecto de um dos maiores problemas atuais, a busca do espaço adeqüado para ser e manter as riqueza ancestral , de cultura oral, por exemplo, os hábitos,pois mesmo que a modernidade os alcance, devem ter direito de manter vivos os ses costumes e histórias, sua História.
Lembro o maravilhsoso livro chamado "Enterrem Meu Noração na Curva do Rio", de Dee Brown (Edt.PM). O poema de Claudio bento quer explicar porque os índios procuram os barrancos...Se estudarmos as tribos, as etnias brasileiras, poderemos entender porque o avô rio é tão importante para os indígenas...Jamais esquecerei a experiência vivida no centro cultural São Bernardo,em Belo Horizonte, MG, quando, a convite de Marco Lobus,então coordenador de saraus,fui conhecer, enfim , Ailton Krenak(*)de quem ele me falava tanto:em roda, de mãos dadas, cantamos e dançamos para o "avô rio", com todo o respeito devido.Muita emoção, ohos marejados.Ao pé da fogueirinha, pintados de urucum.
Clevane Pessoa de Araíjo Lopes
(cpotiguara@yahoo.com.br)
(*) Que no Governo de Minas Gerais, aqui no Brasil,toma conta das questões indígenas.Neste blog, postei um de seus belos textos.Ailton é cultíssimoe simples qual "o caminho que anda", as águas que não param, que seguem para cumprir ciclos vitais.
ONDE MORA O SEU CORAÇÃO
Os índios da minha aldeia
Caminham tristes vestidos de pobreza e solidão
Os índios caminham tristes
Pés descalços sobre o pó das estradas
Procurando o rio da infância de seu povo
Procurando a identidade perdida a tribo perdida a esperança perdida
A alma dessa gente está guardada
Na curva do rio da sua história
Sua história suja de sangue
Sua história encharcada de lágrimas
Por isso eles caminham à procura das barrancas do rio
Onde mora o seu coração
Cláudio Bento
Poeta e compositor,
Jequitinhonha - MG
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domingo, 4 de novembro de 2007
POEMA PARA O ÍNDIO XOKLENG(Lindolf Bell)
POEMA PARA O ÍNDIO XOKLENG
Lindolf Bell
Se um índio xokleng
subjaz
no teu crime branco
limpo depois de lavar as mãos
Se a terra
de um índio xokleng
alimenta teu gado
que alimenta teu grito
de obediência ou morte
Se um índio xokleng
dorme sob a terra
que arrancaste debaixo de seus pés,
sob a mira de tua espingarda
dentro de teus belos olhos azuis
Se um índio xokleng
emudeceu entre castanhas, bagas e conchas
de seus colares de festa
graças a tua força, armadilha, raça:
cala tua boca de vaidades
e lembra-te de tua raiva, ambição, crueldade
Veste a carapuça
e ensina teu filho
mais que a verdade camuflada
nos livros de história
(enviado pela pesquisadora urda Kuegler, de Sc.Em memória do grande poeta catarinense, existe em Timbó, sua cidade natal, o centro de memória Lindolf Bell,onde viveu e onde estão devidamente preservados móveis,objetos,livros, manuscritos ,etc.A curadora é sua filha Rafaela Heting bell, filha da artista plástica ,a escutora Elke Hering Bell.Rafaela , que cresceu em meio à poesia paterna e à arte materna,galeria de arte de seu pai, é diretora do MAB(Museu de Arte de Blumenau).A galeria do poeta ,que foi conhecid9o marchand chamou-se Açu-Açu.
AÇU - quer dizer "grande", "comprido".Açu-açu:muito grande.Os indígenas repetem a palavra, para dar a noção de muito, de grande, de muitos.Assim, pana-paná,muitas borboletas.Ati-ati:muitas gaivotas.
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terça-feira, 30 de outubro de 2007
Graça Campos:"Pico do Itambé,A Montanha Desafiadora"
A Pintora e Professora Graça Campos, nos envia uma de suas telas a óleo,onde captura , no seu estilo ,a beleza do Pico Itambé ,e na cidade de Santo Antonio do Itambé,em Minas Gerais, Brasil - e nos envia o significado do nome - a interessante fusão entre culturas nas denimonações de cidades e acidentes geogr-aficos brasileiros.Agradecemos seu costumeiro interesse e gentileza por este blog e pelas causas indígenas.
Clevane Pessoa:
"Clevane,
Tenho acompanhado seu trabalho e, como sabe, gosto muito,muito.
Obrigada sempre!
Estou lhe enviando um pequeno texto referente à tela.
Abraços
Graça Campos"
"PICO DO ITAMBÉ – UM PARAÍSO ECOLÓGICO
Santo Antônio do Itambé, montanhosa cidade mineira, ostenta em suas terras, inúmeras belezas naturais. Dentre elas, o ponto mais alto do ESPINHAÇO, o Pico do Itambé, com 2300 m de altitude, atualmente Parque Ecológico com Área de Proteção Ambiental.
Fundada por aventureiros em busca de ouro, diamantes e esmeraldas, tem sua origem em 1664. O nome ITAMBÉ é o mesmo desde a fundação. Na língua indígena, “ITA” significa pedra aguda e ´imbé’, plantas e cipós da serra. Por tradição religiosa portuguesa incluiu-se Santo Antônio no nome.
O Pico também conhecido como o FAROL dos BANDEIRANTES está entre campos, morros e serras, em meio às passagens, antigos caminhos dos garimpeiros e dos tropeiros, e riachos que correm formando belíssimas cachoeiras e praias naturais.
“Ita-imbé”, a grande pedra ou rochedo orientava e protegia aqueles que saiam de Ouro Preto a Diamantina, Serro, a Santo Antônio do Itambé...
Na língua Tupi (ita-aimbé-) significa pedra áspera pontiaguda.
A população da cidade dedica-se hoje quase totalmente à agricultura e mantém a tradição do cultivo da mandioca, que, segundo pesquisadores, era entre os índios, o alimento da dieta diária.
O ouro, a exuberância das montanhas e quedas d’água são tesouros da região. Além, existe maior riqueza, seu povo. A natureza humana, os trabalhadores da lavra, lavoura e da palavra, tão visíveis, representados em suores e poesias...
PICO DO ITAMBÉ, Montanha desafiadora..."
Graça Campos
29/ 10/ 07
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Pedra Redonda (Graça Campos)
Na tela da artista plástica Graça Campos , no Serro, ao fundo, azulada, a "Pedra redonda".
Ela nos envia mais dados pertinentes:
"A Pedra Redonda,onde nasce o Rio Jequitinhonha, eleva-se a 1335 metros no município de Serro MG.
Localizada a 12 quilômetros do centro da cidade já foi habitada por indígenas e continua hoje, local de peregrinação, no dia da assunção de Nossa Senhora, quando devotos moradores do lugar sobem a PEDRA, elevando suas preces em oferenda à Santa Padroeira.
Os índios botocudos, assim chamados pelos brancos, (não se sabe certo o nome da tribo que ali habitava), chamaram a atual Serro de IVITURUÍ
(ivitu = vento, rui = frio) morro dos ventos gelados.
Para os índios botocudos , o Rio Jequitinhonha significa rio cheio de peixe , que em tupi- guarani significa rio largo cheio de peixe."
Rafael Jesus González:Dia de La Raza(12/10)
Día de la Raza
El 12 de octubre es fiesta conocida en varias regiones y épocas por muchos nombres: Día de Colón, Día del descubrimiento, Día de la hispanidad, Día de las Américas, Día de la raza, Día de los pueblos indígenas.
En México en 1928 a la insistencia del filósofo José Vasconcelos, entonces Ministro de Educación, se le nombró Día de la Raza, denominación de la Unión Ibero-Americana en 1913 para declarar una nueva identidad formada del encuentro de los Españoles y los indígenas de las Américas. En 1902 el poeta mexicano Amado Nervo había escrito un poema en honor de Benito Juárez (indio zapoteca) que recitó en la Cámara de Diputados, titulado Raza de Bronce alabando a la raza indígena, título que más tarde en 1919 el autor boliviano Alcides Arquedas daría a su libro. El bronce (metal noble fundido de varios metales) llegó a ser metáfora del mestizaje. Según el pensar de Vasconcelos una Raza Cósmica, la raza del porvenir, es la raza noble que se forma en las Américas a partir del 12 de octubre de 1492, la raza del mestizaje, un amalgama de las razas indígenas de las Américas, de los Europeos, los Africanos, los Asiáticos, las razas mundiales - en una palabra, la raza humana compuesta de una mezcla de todas las razas que Vasconcelos denominó la Raza Cósmica.
Pero no se puede ignorar que esta raza ideal se forma a gran costo de la raza indígena Americana (y de la raza africana traídos aquí como esclavos). Desde 2002, en Venezuela se le llama a la fiesta Día de la Resistencia Indígena.
Sea como sea, por cualquier nombre que le demos, de cualquier modo que la cortemos, es la misma torta - la fecha conmemora la llegada de los Europeos a América (que para ellos era un "nuevo mundo"), no una visita sino una invasión, un genocidio, subyugación de las gentes de ese "nuevo mundo" que hoy conocemos por el nombre de un cartógrafo Europeo que jamás pisó el suelo sagrado de los continentes que llevan su nombre. Lo que marca la fecha es una continua colonización, explotación, abuso, ultraje de los pueblos indígenas de las Américas que jamás ha menguado, que ha persistido estos quinientos quince años.
Bien se le pudiera nombrar Día de la Globalización. A partir de ese día se comprueba concreta y definitivamente que la Tierra verdaderamente es redonda, una esfera, una bola, un globo. Y desde esa fecha se les trata imponer forzosamente a las gentes indígenas del "nuevo mundo" una cosmología, actitud bastante extraña (a mi modo de ver, equivocada) hacia a la vida, hacia a la Tierra, hacia a la economía, hacia a lo sagrado, hacia al ser humano mismo - una sola verdad estrecha e intolerante, un desdén rapaz hacia la Tierra vista solamente como un recurso para explotarse, un concepto del progreso difícil de distinguir de la codicia y el hambre del poder.
La causa de los indígenas clama por justicia: se les sigue robando sus tierras y terrenos, se los destruyen por sus valiosas maderas y minerales; sus creaciones agrícolas, tal como el maíz y la papa, que han salvado del hambre a gran parte del mundo, se modifican al nivel molecular y se controlan por corporaciones rapaces; sus medicinas tradicionales se patentan por esas mismas corporaciones; el agua sagrada misma se privatiza y se les roba; aun no se les respeta el derecho a sus creencias y culturas. Aun poniendo al lado la justicia, todos deberíamos aliarnos a las gentes indígenas de las Américas (y del mundo entero) en su resistencia contra tal abuso porque lo que los amenaza a ellas nos amenaza a todos en el mundo entero - y a la Tierra misma. Tienen muchísimo que enseñarnos acerca de una relación sana del hombre con la Tierra.
En una Tierra, mucho más chica y frágil de lo que imaginábamos, nos encontramos en plena globalización y pugna contra la imposición de un capitalismo desenfrenado y del fascismo, su lógica extensión, que lo acompaña. Sigue la resistencia indígena que jamás ha cesado durante estos cinco siglos y algo a pesar de una represión brutal y ahora todos nosotros de la raza cósmica de mera necesidad debemos aliarnos a su lucha, pues esa lucha es nuestra de todos si hemos de sobrevivir en la Tierra, bendita madre de nuestra estirpe, la estirpe de la raza humana - y de toda nuestra parentela los otros animales, las plantas, los minerales. En la Tierra redonda y sin costura son ficticias las fronteras y lo que amenaza a unos nos amenaza a todos. Pensar al contrario no es solamente inmoral sino locura.
© Rafael Jesús González 2007
Berkeley, California, 12 de octubre 2007
--
Rafael Jesús González
P. O. Box 5638
Berkeley, CA 94705
U. S. A.
http://www.rjgonzalez.blogspot.com (English)
http://www.rjgonzalezg.blogspot.com (español)
Rafael Jesús González G.
nació en el ambiente bicultural/bilingüe de El Paso, Tejas/Juárez, Chihuahua y asistió a la Universidad de Tejas El Paso, la Universidad Nacional Autónoma de México y la Universidad de Oregon. Profesor de escritura creativa y literatura, ha enseñado en la Universidad de Oregon, el Colegio Estatal Occidental de Colorado, la Universidad Estatal Central de Washington, la Universidad de Tejas El Paso, y el Colegio Laney, Oakland donde fundó el departamento de Estudios Mexicanos y Latino-Americanos.
Leia mais textos deste autor:
http://www.rjgonzalezg.blogspot.com/
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Pedra Redonda, na Região do Serro, MG(Pintura de Graça Campos)
Graça Campos
para
clevane pessoa de araújo lopes
pessoaclevane@gmail.com
data 10/10/2007 23:24
assunto Serro
1) " Clevane,
Serro, do alto azul do Espinhaço, chamada pelos seus primeiros habitantes de "IVITURUÍ",
que significa Serro Frio, é a minha cidade onde vivi até meus 19 anos...
É terra de mil poesias, de lendas,de ouro e cristais,de muita história, de gente hospitaleira e devota, onde a religiosidade sempre se manifesta pelas ruas com o povo em festa.
Serro é famosa pela sua importância histórica,pelos seus filhos ilustres , mas, principalmente por sua gente simples de coragem e do bem.
Pois é essa gente que me inspira para que eu possa atuar agora, demonstrando através de minha pintura, sentimentos e mensagens de "MULHERES MARAVILHOSAS" as quais fazem
parte da minha infância e adolescência vividas nesta cidade.
Já pintei alguns casarios do Serro,e também paisagens como suas cachoeiras, a magnífica " " Pedra Redonda" região onde nasce o Rio Jequitinhonha... as igrejas, inclusive uma tela intitulada "Montanhas da Fé" onde estão todas as igrejas ( são as igrejas e montanhas)...
À la Guignard, outras como o chafariz de pedra que fica bem em frente à escola João Nepomuceno kubitschek onde estudei o primário.
Pretendo mostrar a gente desta Terra em "Olhares de Mulher"...meu mais recente trabalho em artes plásticas.
Um abraço,
Graça Campos
2) Clevane,
Este quadro do Serro é uma vista parcial da cidade.
Nele se vê a Igrejinha de Santa Rita onde meus pais se casaram. Avista-se ao fundo a
Majestosa Pedra Redonda, que foi habitada por uma tribo indígena.
A praça João Pinheiro, igreja de N. Senhora do Carmo, e do lado direito, uma das ruas principais de lá.
( JÁ estou com seus livros autografados pelos Leos ).
Abraços
Graça Campos
Nas telas da artista plástica Graça Campos (na foto, comigo e com Luiza , a netinha, em meu aniversário, dia 16/07/), um rico passado indígena na região.
Depois, postarei outras telas, com indígenas e temas outros, tais quais essa "Pedra Redonda", onde habitou uma tribo.Pesquisarei, para depois comentar aqui, em Itaquatiara, esse blog criado não apenas para registrar nossos indígenas, costumes, atavismos , mas também de outros países, e Literatura, Arte...
Se você tem fotos, histórias, textos literários, envie para
clevaneplopes@gmail.com
..
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a "Pedra Redonda",
em MG,
Graça Campos: O Serro
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Brenda Marques, Texto e Festa da Criança (ATNI e Imersão Latina)
Brenda Marques para mim
mostrar detalhes 17:57 (5 horas atrás)
Em Brasília, Festa da criança:
Imagens:crianças uruguaias, fotos de Alex Moraes:niños y niñas,niño brincando...
Texto de Brenda Mars:
Nesse dia das crianças, abra os ouvidos pra ouvir uma nova história:
Fui na fonte das crianças e lá encontrei uma história de encanto e simplicidade. Um menino pedia:
- Você tem amor?
- E depois ele dizia:
- Amor você tem tem tem tem.
Uma menina me deu um abraço cheio de emoção mostrou uma caixa de areia com a mais linda lição:
"Chore o choro das crianças,
Chore chore você também
sei que esse choro você
também tem tem tem tem"
Na caixa havia também um lindo convite de todas as crianças:
"Pule na areia e role, suje a roupa pra limpar mente e nos dias em diante, brinque conosco de esconde-esconde e nos ajude a achar a paz,
Ela se escondeu aonde? Tanto faz tanto fez, pra mudar essa história de vez, vamos brincar e nos divertir, pois só ama mesmo quem sabe sorrir.
(texto de Brenda Mar(que)s Pena)
(Nesse dia das crianças, a partir das 16horas, Imersão Latina e Atni fazem uma festa para as crianças em Brasília, DF (714/715 norte/blocoF/loja18 - compareça!)
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Festa da criança e Texto de Brenda Mars
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Hortência, Imersão latina e ATNI:"Criança Não É Brinquedo"
Quando trabalhávamos no INDHUS(Instituto de Desenvolvimento Humano e Social, que presidi), para o projeto em defesa da família (Projeto Hortência), célula mater da sociedade,escolhi, como símbolo, a hortência, pois , ao meu olhar de artista, num só galho, vemos várias flores, bem unidas, conforme devem ser os familiares.À primeira vista, são todas similares (laços de sangue), mas, de perto, nota-se inúmeras diferenças pequenas:uma não se abriu de todo, outra é ligeiramente mais clara, outra já sofreu a depredação de alguma lagarta, há a doente, infestada por pulgões, há as saudáveis e bem abertas...Dispostas em saudável forma circular, quando caem, continuam seu processo vital, pois fertilizarão o solo...
No início desta semana, os floristas dos quais compro, na porta,trouxeram-me dois vasos:um com floração lilás e um com brancas flores...
Hoje, ao receber o poema de uma criança, enviado pela jornalista Brenda Marques (*), sorri, pois a mesma flor foi descrita em seu cíclo vital.
Clevane
Brenda Marques para mim
mostrar detalhes 11:25 (7 minutos atrás)
Hortência
Ela nasce de repente.
Antes, ela foi plantada
Ela cresce.
Antes, ela foi molhada.
Ela dá flores coloridas.
Antes, ela foi cuidada.
Ela morre.
Antes, ninguém cuidou dela
(Márcio França - Aluno da APAE de Contagem/MG)
Brenda Marques Pena comenta:
"Se no poema, a hortência for uma metáfora de criança, veremos que assim como as flores nossas crianças precisam de cuidado para crescerem. E quem cuidará delas? Esta missão é de todos nós. Quando você vir uma criança sendo mau-tratada não deixe de denunciar ao conselho tutelar de sua cidade, os pais dela também precisam de ajuda. Seja voluntário em algum projeto, contribua com seu tempo, dinheiro e principalmente amor. Ah, o governo também precisa garantir os direitos da criança, portanto cobre deles o cumprimento das leis. Se envolva!
O Imersão Latina em parceria com o ATNI tem realizado durante toda esta semana uma série de palestras, poesia, música e exposição fotográfica para mostrar as pessoas o trabalho dessas ONGs e precisa de colaboradores.
Esta noite será o dia da poesia com as poetas del mundo Avelin Rosana e Brenda Mar(que)s e de uma palestra com o Professor Erik Peixoto sobre Educação Inclusiva. Acesse o site www.imersaolatina.com, veja a programação completa e participe e divulgue esta iniciativa."
As fotos em anexo são da mostra: "Criança não é brinquedo" que pode ser vista durante até o dia 12 de outubro em Brasília/DF
(714/715 norte - Bloco F - loja 18) Informações: 3272-3035
IMERSÃO LITERÁRIA
Em 2008 será realizado o projeto “Imersão Literária" que visa a realização de trabalhos com arte, que envolvam adolescentes com a promoção de apresentações culturais inclusivas e oficinas de educação e produção artística na Fundação APAE-MG (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Minas Gerais) e Instituto São Rafael (Associação dos amigos de portadores de deficiência visual), durante seis meses, com o objetivo de ampliar o universo da percepção e criação artística dos alunos dessas duas instituições e dar visibilidade ao trabalho desenvolvido por eles. As atividades serão realizadas com a participação de músicos, atores, poetas e escritores, que por meio de performances artísticas de adaptações de textos literários de poetas e contistas brasileiros, mostrarão a variedade de formas e expressões da literatura brasileira e latinoamericana contemporânea, com o intuito de ampliar o repertório dos adolescentes, para que se sintam instigados na produçãos dos trabalhos. Depois dos seis meses de trabalho intensivo, duas vezes por semana com os adolescentes da APAE e do Instituto São Rafael, será elaborado um livro com poemas e contos dos alunos da APAE, os mesmos serão trabalhados pelos alunos do Instituto São Rafael, com coordenação técnica e artística para a produção de um CD com os poemas produzidos pelos adolescentes em parceria com artistas convidados e o Coral do Instituto São Rafael. A primeira tiragem do CD e do livro será de dois mil exemplares que serão distribuídos em escolas, nas instituições participantes, em salões de literatura e bibliotecas públicas. Se você quiser saber mais e puder se envolver, entre em contato pelo e-mail: imersao@imersaolatina.com.
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(*)Brenda Marques Pena
Coordenadora do Imersão Latina
Comunicação para América Latina e Caribe
(61) 9994-2133
imersao@imersaolatina.com
Nominação das imagens e fotos :
a)Flyer do Imersão Latina.
b) "Madreyhijo", foto de Vanda Sampaio
c)"Abandono", foto de Brenda Marques
d)"Mãe /india /amamenta", foto de Ursula Bahia
e)"Choro de Criança", de Aline Cantia
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terça-feira, 9 de outubro de 2007
Alce Negro"Pipa de Mistério"
« Con esta pipa de misterio caminaréis por la Tierra; pues la Tierra es vuestra Abuela y Madre, y es sagrada. Cada paso dado sobre ella debería ser como una plegaria. La cazoleta de esta Pipa es de piedra roja, es la Tierra. Este bisonte joven que está grabado en la piedra, y que mira hacia el centro, representa a los cuadrúpedos que viven sobre vuestra Madre. El cañon de la Pipa es de madera, y esto representa todo lo que crece sobre la Tierra. Y estas doce plumas que cuelgan de donde el cañon penetra en la cazoleta son de Wambali Galeshka, el Aguila Moteada, y representan al Aguila y a todos los seres alados del aire. Todos estos pueblos, y todas las cosas del Universo, están vinculadas a ti, que fumas la Pipa; todos envian sus voces a WakanTanka, el Gran Espíritu. Cuando oráis con esta Pipa, oráis por todas las cosas y con ellas »
Alce Negro
SIOUX OGLALA
Gratias a Paloma Blanca, por el envio de ese texto muy bello.
Clevane
Água, por Eliane Potiguara
Acabamos de receber da Cônsul de poetas del Mundo, Presidente do GRUMIN,Eliane Potiguara, o texto abaixo e aproveitem os endereços para visitar seus sites e blogs e assim melhor conhecer seu trbalho contínuo.Eleinae, que já foi indicada ao Nobel da Paz, é uma grande líder pelo empoderamento indígena ao seu devido lugar.
REDE GRUMIN DE MULHERES INDÍGENAS
GRUMIN/Rede de Comunicação Indígena
"Povos étnicos são os primeiros povos do Planeta. Muitos têm a contribuir para a sociedade, principalmente na defesa do meio-ambiente e na preservação das matas e das águas.
A proposta do Grumin enfatiza, há décadas, a defesa e a valorização da mulher indígena como uma defensora nata das águas e biodiversidade brasileiras. É na biodiversidade que reside o incentivo à cultura e à cosmovisão indígena. A biodiversidade guarda com carinho a magia que une a ancestralidade, a espiritualidade e a identidade indígenas em todos os tempos num grande PORVIR para a preservação da vida.
A mulher como uma defensora nata da biodiversidade, é uma defensora original desses elementos culturais vívidos, concretos ou imateriais. Os saberes das avós, das pajés, das anciãs, das artistas repassados para as jovens preservam a vida e por conseguinte o planeta Terra. Esses são os direitos humanos das mulheres indígenas. É disso que estamos falando. Mulheres brasileiras ou internacionais de todos os segmentos, de todas as cores e etnias podem espelhar-se nos belos úteros que produzem límpidas águas DA ORIGEM DA VIDA, nossos bebês do futuro."
eliane potiguara
www.elianepotiguara.org.br
www.grumin.org.br
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“A violação aos Direitos Indígenas
divide famílias. O respeito as suas tradições, identidade, cosmovisão, espiritualidade e ancestralidade
perpetuam o AMOR entre povos e entre homem e mulher”. Texto: Eliane Potiguara
Visite esses 03 SITES
www.grumin.org.br
http://www.elianepotiguara.org.br (site oficial da escritora)
http://fotolog.terra.com.br/elianepotiguara
http://groups.yahoo.com/group/literaturaindigena
ELIANE POTIGUARA
E-mail: elianepotiguara@uol.com.br
E-mail: elianepotiguara@yahoo.com.br
E-mail institucional: grumin@grumin.org.br
Xacriabá na Web
"Tribo de indios sai do anonimato e entram para a Web
"Após quatro meses de experiência de utilização da Internet, os Xacriabá comemoram a chegada da tecnologia à sua tribo como uma barreira vencida pela população da aldeia, localizada no município de São João das Missões, no Norte de Minas
Ocupando uma área de mais de 46 mil hectares e reunindo um número superior a seis mil índios, a maior etnia indígena do Estado, já há algum tempo, vinha buscando uma forma de estar em maior contato com outras culturas. Isso porque a Web é vista por eles como o meio mais rápido de levar as crenças e as dificuldades de seu povo ao conhecimento de todos.
"Queremos transformar a Internet em uma aliada na luta dos povos indígenas pela conquista e garantia de seus direitos", é o que garantem os índios, em texto enviado via e-mail e elaborado com a participação do cacique Domingos Xakriabá e lideranças como Marcelo Xakriabá e José Nunes, diretores de uma das escolas onde foi instalada a Rede. A aldeia Xacriabá é a quarta reserva brasileira a ter acesso à Internet, através de uma iniciativa inédita na história do país, o Projeto Rede Povos da Floresta, coordenado pelo Comitê para Democratização ocratização da Internet (CDI). O objetivo é promover a inclusão digital dos índios brasileiros, conectando-os à Web a fim de valorizar e fortalecer a cultura e a língua indígenas.
As primeiras tribos a se integrarem ao projeto foram a Ashaninka, na Kampa do Rio Amônea, situada no município de Marechal Thaumaturgo; e Yawanawá, que ocupa a terra indígena Rio Gregório, próximo à cidade de Tarauacá, ambas no Acre. Depois foi a vez da Sapucay, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. E, desde a segunda quinzena de dezembro de 2003, a Xacriabá, organizada em 24 aldeias, começou a fazer parte do projeto. Para isso, foi necessária uma articulação entre o CDI, os professores indígenas Xacriabá e o Programa de Educação Escolar Indígena de Minas Gerais.
A tribo conta com dez computadores, todos ligados em rede e conectados à Internet via satélite, tecnologia que só existe no Brasil e nos Estados Unidos. Proporciona acesso à Rede em alta velocidade, durante 24 horas por dia, ou seja, assim que os índios ligam os computadores, eles já estão na Web e podem navegar a 300 kbps - mesma velocidade de Internet a cabo. "Apenas o envio de informações é um pouco mais lento, o que é uma característica do serviço de satélite", explica o gerente de produtos de banda larga da Star One, André Mayon. A empresa, que é a maior em soluções via satélite do Brasil, foi a responsável pela implantação da tecnologia nas aldeias.
Segundo o fundador e diretor executivo do CDI,da Internet (CDI). O objetivo é promover a inclusão digital dos índios brasileiros, conectando-os à Web a fim de valorizar e fortalecer a cultura e a língua indígenas.
As primeiras tribos a se integrarem ao projeto foram a Ashaninka, na Kampa do Rio Amônea, situada no município de Marechal Thaumaturgo; e Yawanawá, que ocupa a terra indígena Rio Gregório, próximo à cidade de Tarauacá, ambas no Acre. Depois foi a vez da Sapucay, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. E, desde a segunda quinzena de dezembro de 2003, a Xacriabá, organizada em 24 aldeias, começou a fazer parte do projeto. Para isso, foi necessária uma articulação entre o CDI, os professores indígenas Xacriabá e o Programa de Educação Escolar Indígena de Minas Gerais.
A tribo conta com dez computadores, todos ligados em rede e conectados à Internet via satélite, tecnologia que só existe no Brasil e nos Estados Unidos. Proporciona acesso à Rede em alta velocidade, durante 24 horas por dia, ou seja, assim que os índios ligam os computadores, eles já estão na Web e podem navegar a 300 kbps - mesma velocidade de Internet a cabo. "Apenas o envio de informações é um pouco mais lento, o que é uma característica do serviço de satélite", explica o gerente de produtos de banda larga da Star One, André Mayon. A empresa, que é a maior em soluções via satélite do Brasil, foi a responsável pela implantação da tecnologia nas aldeias.
Segundo o fundador e diretor executivo do CDI, Rodrigo Baggio, nesse período em contato com a Rede, a navegação tem sido bastante positiva. "Eles estão em fase de adaptação com o equipamento, mas já o utilizam para a redução de distâncias logísticas, guardar o conhecimento e para elaborar o material escolar", ressalta. Antes da chegada das máquinas, duas lideranças da tribo passaram duas semanas no Rio de Janeiro, participando de um processo de capacitação para usar a Internet, e de um fórum, juntamente com líderes das outras três tribos. "Agora eles estão passando o conhecimento a toda a comunidade Xacriabá", garante Baggio. "
Fonte: Brfree
Data da Notícia: 05/05/2004
Site:http://www.uema.br/noticias/noticia.php?id=2298
"Após quatro meses de experiência de utilização da Internet, os Xacriabá comemoram a chegada da tecnologia à sua tribo como uma barreira vencida pela população da aldeia, localizada no município de São João das Missões, no Norte de Minas
Ocupando uma área de mais de 46 mil hectares e reunindo um número superior a seis mil índios, a maior etnia indígena do Estado, já há algum tempo, vinha buscando uma forma de estar em maior contato com outras culturas. Isso porque a Web é vista por eles como o meio mais rápido de levar as crenças e as dificuldades de seu povo ao conhecimento de todos.
"Queremos transformar a Internet em uma aliada na luta dos povos indígenas pela conquista e garantia de seus direitos", é o que garantem os índios, em texto enviado via e-mail e elaborado com a participação do cacique Domingos Xakriabá e lideranças como Marcelo Xakriabá e José Nunes, diretores de uma das escolas onde foi instalada a Rede. A aldeia Xacriabá é a quarta reserva brasileira a ter acesso à Internet, através de uma iniciativa inédita na história do país, o Projeto Rede Povos da Floresta, coordenado pelo Comitê para Democratização ocratização da Internet (CDI). O objetivo é promover a inclusão digital dos índios brasileiros, conectando-os à Web a fim de valorizar e fortalecer a cultura e a língua indígenas.
As primeiras tribos a se integrarem ao projeto foram a Ashaninka, na Kampa do Rio Amônea, situada no município de Marechal Thaumaturgo; e Yawanawá, que ocupa a terra indígena Rio Gregório, próximo à cidade de Tarauacá, ambas no Acre. Depois foi a vez da Sapucay, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. E, desde a segunda quinzena de dezembro de 2003, a Xacriabá, organizada em 24 aldeias, começou a fazer parte do projeto. Para isso, foi necessária uma articulação entre o CDI, os professores indígenas Xacriabá e o Programa de Educação Escolar Indígena de Minas Gerais.
A tribo conta com dez computadores, todos ligados em rede e conectados à Internet via satélite, tecnologia que só existe no Brasil e nos Estados Unidos. Proporciona acesso à Rede em alta velocidade, durante 24 horas por dia, ou seja, assim que os índios ligam os computadores, eles já estão na Web e podem navegar a 300 kbps - mesma velocidade de Internet a cabo. "Apenas o envio de informações é um pouco mais lento, o que é uma característica do serviço de satélite", explica o gerente de produtos de banda larga da Star One, André Mayon. A empresa, que é a maior em soluções via satélite do Brasil, foi a responsável pela implantação da tecnologia nas aldeias.
Segundo o fundador e diretor executivo do CDI,da Internet (CDI). O objetivo é promover a inclusão digital dos índios brasileiros, conectando-os à Web a fim de valorizar e fortalecer a cultura e a língua indígenas.
As primeiras tribos a se integrarem ao projeto foram a Ashaninka, na Kampa do Rio Amônea, situada no município de Marechal Thaumaturgo; e Yawanawá, que ocupa a terra indígena Rio Gregório, próximo à cidade de Tarauacá, ambas no Acre. Depois foi a vez da Sapucay, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. E, desde a segunda quinzena de dezembro de 2003, a Xacriabá, organizada em 24 aldeias, começou a fazer parte do projeto. Para isso, foi necessária uma articulação entre o CDI, os professores indígenas Xacriabá e o Programa de Educação Escolar Indígena de Minas Gerais.
A tribo conta com dez computadores, todos ligados em rede e conectados à Internet via satélite, tecnologia que só existe no Brasil e nos Estados Unidos. Proporciona acesso à Rede em alta velocidade, durante 24 horas por dia, ou seja, assim que os índios ligam os computadores, eles já estão na Web e podem navegar a 300 kbps - mesma velocidade de Internet a cabo. "Apenas o envio de informações é um pouco mais lento, o que é uma característica do serviço de satélite", explica o gerente de produtos de banda larga da Star One, André Mayon. A empresa, que é a maior em soluções via satélite do Brasil, foi a responsável pela implantação da tecnologia nas aldeias.
Segundo o fundador e diretor executivo do CDI, Rodrigo Baggio, nesse período em contato com a Rede, a navegação tem sido bastante positiva. "Eles estão em fase de adaptação com o equipamento, mas já o utilizam para a redução de distâncias logísticas, guardar o conhecimento e para elaborar o material escolar", ressalta. Antes da chegada das máquinas, duas lideranças da tribo passaram duas semanas no Rio de Janeiro, participando de um processo de capacitação para usar a Internet, e de um fórum, juntamente com líderes das outras três tribos. "Agora eles estão passando o conhecimento a toda a comunidade Xacriabá", garante Baggio. "
Fonte: Brfree
Data da Notícia: 05/05/2004
Site:http://www.uema.br/noticias/noticia.php?id=2298
Indinho-Brasil
Vistem um blog muito lindo:
Indinho " Um Nacionalista ": Tribos):
indinho-brasil.blogspot.com/2006/09/tribos.html
Indinho " Um Nacionalista ": Tribos
Brenda Mar(que)s:abertura da semana da criança ontem no ATNI,com o Imersão Latina
Fotos:
A)Brenda Marques,Diretora do Imersão Latina ( * ), jornalista fotógrafa e poeta,performer (poesia sonora), baterista e por aí vai, mas nesta semana da crainça, soma-se ao ATNI e cumpre sua missão plena, a de estar com os indígenas latino-americanos, para o que der e vier...
Postarei as fotos de hoje ao dia 12 e culminarei com uma foto especialíssima...(Clevane)
(*) www.imersaolatina.com
*****************************************************
"Olá Clevane, tudo bem?
Estou te mandando algumas fotos da abertura da semana da criança ontem no ATNI. Teve tempo pra música, pra falar da exposição, de nossas experiências em fotografar as crianças e das ONGs ATNI e Imersão Latina. Depois, caimos na brincadeira com os meninos, uma das crianças da tribo Suruwahá até pegou a máquina e começou a brincar de fotógrafo...e olha que ele leva jeito. Hoje haverá exibiremos um vídeo e falaremos sobre uma questão delicada: o infanticídio, amanhã tem performance poética comigo e a outra também Poeta del Mundo Avelin Rosana. Segue um dos poemas dela que iremos performar. A programação completa de toda a semana da criança está no site: www.imersaolatina.com. Quem estiver em Brasília, não deixe de comparecer!"
As fotos que publicarei aqui,de hoje a dia 12/10, Dia da criança.:
Brenda, Avelin, Sara e menino indígena adotado pela família Susuki.
Crianças na lixeira
(Avelin Rosana)
Se não existisse o perdão
Nossos ombros estariam
Esmagados
Pelo peso de nossa culpa
Nossas crianças estão nas ruas
Nossas crianças cheiram cola
Nossas crianças passam fome
Nossas crianças pedem esmolas...
Lembro-me de um homem
Que á elas o Reino
Dos céus prometeu
Mas as tratamos como plebeus
Nossas crianças cortam cana
Nossas crianças fazem programas
Nossas crianças são mortas
Nossas crianças são a escória...
Saudações latinoamericanas!
Um abraço,
Brenda
Lázaro Barreto:lendas, retalhos 4 e 5
Imagem:canoa(iguara) de balata (borracha da seringueira)...Uma das coisas que encantava minha mãe e , mais tarde comprovei, foi ver curumins, pequeninos, com seu remo, a levar canoa pelas águas do rio, calmos, a experenciar a paz absoluta...
Da "Colcha de Retalhos" do escritor ,pesquisador e poeta mineiro Lázaro Barreto, de Divinópolis, capto dois retalhos (4 e 5)de temática indígena, entre vários míticos e mitológicos...
Há pocos dias, noticiava-se que pesquisa da UFMG apontava:cerca de 1/3 dos mineiros têm origem indígena.:
4 – "Conta lenda tupi que três fâmulos levavam o coco de tucumã dentro do qual Deus guardava metade da noite com a sua escuridão e as suas estrelas com os cantos dos grilos e os suspiros do amor, os apelos dos sapos e os sonhos de amor. A outra metade da noite estava no fundo das águas e o dia, sem a noite, era igual e alegre e feliz. As coisas vinham de graça nas graças de Deus. Ninguém subjugava ninguém. Ninguém era melhor que ninguém. Mas os fâmulos acenderam fogo dentro da canoa na qual levavam o coco de tucumã, que se abriu ao calor do fogo, derramando a noite nas doze horas restantes do dia. E os bichos passaram a ter medo dos homens, pois cada um deles acredita ser o rei dos animais, quando na verdade é sabido que nenhum deles chega aos pés de um simples beija-flor."
5 – "Na mitologia indígena os homens e os deuses revezam-se na criatividade e nas invenções. Enorê, o ente supremo, esculpiu uma figura humana num pau, no qual deu três varadas e logo o pau virou um homem de verdade. Ao inventar a água, bebeu-a, vomitando-a em seguida. E assim a água se multiplicou e formou os mares, os rios e as lagoas"
Marcadores:
Lázaro Barreto:lendas,
retalhos 4 e 5
Urda Alice Klueger com boliviana,em La Paz.
Recebo, da escritora e pesquisadora Urda Alice Klueger, a meu pedido, a bela foto acima:
"Clevane:
Gosto muito desta foto, tirada em La Paz, em janeiro último.
Abração,
Urda."
Respondi com um "portrait" em versos;
Portrait
Você é Urda, e assim te imaginei,
urdeando,alardeando
num doce gerúndio
os espaços de acontecer:
um sorriso ante o prazer
de conhecer,
outras pessoas, não urdas,
alertas ou surdas,
novas ou velhas,
de etnias e alegorias diversas,
culturas várias, vivas
ou perdidas nos meandros da história.
Ser Urda ,
algo que tu mesma aprovas,
tanto aprendeste a te saber.
E sê!
Clevane pessoa, BH, em 09/10/2007
Adorei a foto...Posso postar nos blogs?Manda-me mais textos, menina...e que bonita és!
*****************
Vejam textos de Urda neste blog.
urda@flynet.com.br
Marcadores:
La paz:Urda Alice Klueger e boliviana.
Kutes, beijus e tapiocas
O beiju é feito de finíssima farinácea a goma, que pode ser bem úmida ou mais seca,obtida da prensagem da manduioca no tipitipi.A técnica é praticamente a mesma usada para a feitura das tapiocas nordestinas, recheadas com coco, ou barradas de manteiga, derretida ao calor da hóstia dobrada ou enrolada.
O beiju é mais fininho e seco e para preparar o ponto exato, são usadas pás em forma de meia-lua ou remos.Mas algumas são lindas, trabalhadas artesanalmente em forma de animais.
Minha avó e minha mãe ,rio-grandenses-do-norte e descendentes de indígena,muito lá atrás,preparavam as brancas tapiocas com coco para nosso deleite, algumas bem molhadas no "leite de coco", expremido deste, ralado.
Certa vez, fui ministrar um treinamento em adolescência em S.Luiz, Maranhão, onde já morara,e, no aeroporto, sabendo de minha paixão pelo acepipe, Angelina Mineiro, que fôra de minha equipe na Unidade Materno Infantil, onde iniciamos o atendimento integral ao adolescente (plano-piloto S.Luiz -Brasília, nos Anos 80), apareceun no aeroporto com beijus amanteigados acondicionados em uma caixinha...Quanta delicadeza...Também me lembro de quando morei no Pará, em Belém , já adulta e psicóloga, ao sair do PAM do INAMPS de Psiquiatria ,parar para comprar fatias de tapioca bem molhada e coberta de coco ralado.Levar para os filhos e o marido, mas sair comendo calçada a fora....Ou, pequena, de mãos dadas com papai, em Recife,Pe, parar nos tabuleiros para o mesmo fim...
Há peças utilitárias muito lindas, como os raladores de coco, feitos para se sentar em cima do cabo achatado e levar à concha serrilhada,que fica para fora do corpo, a boca do coco aberto ao meio...Tenho um que foi de mamãe, em forma de peixe...Lá em casa, esta dizia que ao bater no coco para que se partisse em dois, se a divisão saísse irregular, é porque a pessoa era mal casada.Eu ficava atenta, em pequena - e muito feliz porque a prova da união de meus pais saía sempre correta:duas perfeitas metades...Não obstantes os dois serem bastante diferentes nuns pontos, porque eram muito parecidos em muitos,sempre a viajar, amar a natureza, nadar e dançar...
Há os espanadores graciosos, muito em antropomorfias, cabeças de bonecas, a saia para espanar...Também as coités , para tomar alimentos, decoradas, são lindas...E essas kutes,usadas para fazer farinha.
Clevane Pessoa
Da tradição indígena, as pás de beiju feitas em madeira e tradicionalmente pintada com urucum, jenipapo e pequi podem servir como brindes bem brasileiros.
"São chamadas de Kute na língua Aruak falada pelos índios Mehinako, e outras etnias do Xingu, e imitam pássaros, peixes e até morcegos. Podem ser também no formato de meia lua, a mais simples e, tradicionalmente, a mais utilizada na aldeia. "
Conheça mais:
Fonte:www.pontosolidario.com.br/kutes.gif
Enterrada com a bonequinha.
No Midia Independente, uma triste notícia de 2005( * ), mostra a criancinha indígena, morta, a ser enterrada com sua boneca.
A importância de uma boneca ,na canalização das emoções infantis, é muito significativa, sempre.
Em "Indiazinha e o natal", conto de uma meninazinha que vi na janela da FUNAI, em S.Luiz ,Maranhão.
Meu espírito se fragmenta, quando sei dessas mortes...
Clevane
( * )www.midiaindependente.org/.../02/306968.shtml
"DE INDÍGENA: Criança índia de 3 anos morre de desnutrição na Jaguapiru
Por Jornal Dourados Agora 10/02/2005 às 00:30
Uma criança indígena de três anos e 11 meses de idade, que residia na Aldeia Jaguapiru, Reserva de Dourados, morreu ontem vítima de desnutrição de terceiro grau, crise convulsiva e parada cardiorespiratória
Desnutrição faz vítima na aldeia de Dourados. Criança é enterrada c/boneca
"Quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005 - 09h50m Uma criança indígena de três anos e 11 meses de idade, que residia na Aldeia Jaguapiru, Reserva de Dourados, morreu ontem vítima de desnutrição de terceiro grau, crise convulsiva e parada cardiorespiratória. O fato foi averiguado pelo repórter do Douradosagora e da 94 FM, Sidnei Lemos, o Bronka. A menina passou mal e deu entrada por volta das 10h, no Hospital da Mulher ontem onde chegou morta. Segundo o pai da vítima, o indígena Vicente Isnardi, 24 anos, a filha morava com ele há um ano. Antes disso, ela estava com a mãe na aldeira Lima Campo, localizada entre Dourados e Ponta Porã. Ele conta que a filha já passado pelo Centro de Recuperação Nutricional, na Missão Caiuás, o Centrinho. Depois disso, foi levada pela mãe para a Lima Campo, sendo trazida depois para a casa de Isnardi, na Reserva de Dourados. Isnardi, que está desempregado, vinha tentando há dois anos obter uma cesta básica mas até agora não conseguiu. Ele conta que alimentava a filha com sopa feita com mandioca e algumas balas. O pai concedeu entrevista ao Douradosagora e à 94 FM. A matéria será apresentada no jornal da 94 FM hoje a partir das 11h30. Há uma semana, uma comissão especial da Funai, formada por antropólogas, advogada e méido, veio à Dourados para identificar as causas da desnutrição infantil nas aldeias de Mato Grosso do Sul. Antes, vieram o secretário nacional do Programa Fome Zero, José Baccarin, e vários representantes do Governo do Estado. As comitivas vieram depois de matérias divulgadas pelos jornais O PROGRESSO e o Douradosagora que denunciaram os índices de mortalidade infantil indígena provocados pela desnutrição. Até agora, nenhuma das comissões que passaram por Dourados anunciaram medidas concretas para acabar com a desnutrição nas aldeias locais. De acordo com o repórter do Douradosagora e 94 FM, Sidnei Lemos, um agente de saúde informou que o reforço da cesta básica será de apenas um mês, para os índios que enfrentam o problema da desnutrição. Segundo o nutricionista da Funasa, Antônio Passoni, que trabalha com crianças indígenas nas aldeias de Dourados, das duas mil crianças atendidas pelo menos 250 apresentam grau de desnutrição aguda. Se a doença avançar para o grau severo, pode levar a morte. Foi o caso da menina de três anois e 11 meses que morreu ontem em Dourados. Foto: Sidnei Lemos Bronka "
Email:: saudeindigenabrasil@yahoo.com
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
"É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída."
Karajás e Avás- canoeiros, Goiás
A)B)Os Avá-canoeiro, "o povo invisível"
B)"Karajá em festa" (www2.ucg.br/flash/5.jpg_
www2.ucg.br/flash/Etnias.html
". E t n i a s .
_______________________________________
Nações indígenas
em território goiano
Fonte:www2.ucg.br/flash/Etnias.html
Karajás em festa
-Karajá: os Filhos do Araguaia
O grupo indígena Karajá pertence ao tronco lingüístico Macro-Jê, que é composto por três famílias: Javaé, Karajá e Xambioá. Os Karajás fizeram do vale do Araguaia o seu território e, na Ilha do Bananal, encontra-se a maioria das aldeias.
Os Karajás de Aruanã pertencem ao subgrupo Karajá, sendo a única aldeia do grupo no Estado de Goiás, tendo aproximadamente 70 pessoas, inclusive com cônjuges não indígenas.
Origem do nome
O nome Karajá não é um nome do acervo lingüístico do grupo. É um nome Tupi que se aproxima do significado de "macaco grande". O nome do grupo na própria língua é "iny", que significa "nós mesmos". Aruanã, da mesma forma, é um nome Tupi que batiza uma espécie de peixe, que, na língua karajá, é "ijasó", sendo também o nome de uma das principais festas dos grupos Karajás, conhecida como "Festa de Aruanã". Fabricam também as já famosas bonecas karajá, feitas de barro ou argila cozida.
Situação de contato
Vivem há muito tempo em contato com a sociedade nacional, desde o século XVI, devido à facilidade de navegação no Rio Araguaia.
O grupo passa atualmente por sérias dificuldades como o alcoolismo, tuberculose, subnutrição etc. Apesar disso, a população tem aumentado nos últimos anos.
O grupo é alfabetizado na própria língua e, depois, integrado ao sistema educacional formal do País. Alguns indivíduos das aldeias da Ilha do Bananal se destacam, participando da política regional disputando e assumindo cargos eletivos.
Situação da terra
A Ilha do Bananal é um parque indígena e se encontra em processo de demarcação. Os Karajás de Aruanã, por sua vez, estão reivindicando na justiça a retomada de sue território tradicional (moradia, plantação em vazante e em terra firme). Também organizaram uma associação para garantir sua cidadania e para tratar problemas internos do grupo, como educação, território, moradia, projetos de auto-sustentação, artesanato, entre outros.
--------------------------------------------------------------------------------
-Avá-Canoeiro: o Povo Invisível
Os Avá-Canoeiros são um povo Tupi que à época colonial habitavam as margens e ilhas dos rios Maranhão e Tocantins, desde a região que compreende o município goiano de Uruaçu até a cidade de Peixe, no estado do Tocantins.
As frentes colonizadoras agropastoris e a navegação pelo rio Tocantins aceleraram o contato com os Avá-Canoeiros em meados do século XVIII. Fazendas de gado e de lavoura instalaram-se em seus territórios. Os índios reagiram violentamente para impedir a invasão de suas terras, desencadeando, assim, uma guerra que durou um século.
Por volta de 1860 os Avá não podiam mais lutar, uma vez que sua população estava reduzida, devido às guerras e perseguições sofridas. A colonização em Goiás já se havia consolidado e estes índios, então, passaram a fugir dos brancos, evitando o contato. Eles migraram para outras áreas transformando seu modo de vida, para poderem sobreviver enquanto sociedade autônoma.
Origem do nome
Estes índios são assim designados devido à união das palavras "avá", distorcida do fonema "ãwã", autodenominação do grupo, e "canoeiro", marca distintiva a eles atribuída pelos primeiros colonizadores, por se servirem de canoas.
Situação de contato
Os Avá-Canoeiros sempre se opuseram ao contato pacífico com o colonizador. Eles nunca foram reduzidos, enquanto grupo, em aldeamentos oficiais, como os demais índios de Goiás.
No século XX, dois pequenos grupos de Avá, um na região do Araguaia, municípios de Formoso do Araguaia, e outro no Tocantins, município de Minaçu, foram praticamente obrigados a aceitar o contato.
Os Avá do Araguaia foram contatatos, uma parte em 1973 e, outra parte, em 1974, somando ao todo nove indivíduos.
Os Avá do Tocantins, contatos em 1983, contavam apenas quatro pessoas. Segundo os moradores dessa região bem como alguns estudiosos da história desses índios e a Funai, existem outros grupos de Avá ainda isolados, que continuam evitando o contato com a sociedade nacional, deslocando-se por algumas regiões dos estados de Goiás e Tocantins.
População atual
Os Avá-Canoeiros do Araguaia vivem na Ilha do Bananal, na aldeia Canoanã, dos índios Javaés. Contam-se quatro pessoas remanescentes do contato e outras doze, entre adolescentes e crianças, filhos de casamento de Avá com Javaé ou com Tuxá (grupo indígena da Bahia que também vive no Bananal).
Os Avá-Canoeiros do Tocantins vivem na Serra da Mesa, município de Minaçu. São seis pessoas: quatro adultos e duas crianças.
Situação da terra
Os Avá-Canoeiros do Araguaia não têm terras indígenas próprias. Eles vivem numa aldeia de índios Javaé, sendo por estes marginalizados.
A terra dos Avá-Canoeiros do Tocantins possui 38 mil hectares de extensão, está localizada nos municípios de Minaçu e Colinas do Sul, em Goiás, e ainda não se encontra demarcada. Furnas Centrais Elétricas construiu a hidrelétrica de Serra da Mesa, que ocupou 10% do território indígena. Contudo, esta perda será ressarcida em terras e em benefícios para os índios, através de um convênio entre Furnas e Funai.
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-Tapuia: Grupo Afro-Americano
Os Tapuias - o mais numeroso dos três grupos indígenas que restam no Estado de Goiás, após o desmembramento do Tocantins - vivem numa única reserva chamada Área Índigena Carretão, composta de duas glebas (áreas) não contínuas, situadas entre a Serra Dourada (Tombador) e o Rio São Patrício (ou Carretão), nos municípios de Nova América, Rubiataba e Goiás.
Os Tapuia são remanescentes dos povos indígenas que foram levados para o aldeamento Carretão, construído pela administração colonial portuguesa em 1788. Os primeiros habitantes deste local foram as etnias Xavante, Xerente, Karajá e Kayapó e negros africanos fugidos da escravidão das fazendas. Os Tapuias são a mistura desses grupos étnicos (quatro povos indígenas mais os negros).
Origem do nome
Este termo não é denominação de um grupo indígena específico, mas um termo genérico. Há várias versões explicando o termo, sendo duas mais conhecidas:
1) a que remete sua aplicação original a todos os índios que habitavam o interior do País, no início da colonização portuguesa, ou seja, o termo tapuia se dava em oposição ao Tupi; e 2) a que indica a "condição marginal" de todo índio em situação de convívio com o branco, e que perdeu a referência étnica.
Os Tapuias se denominam hoje com este nome que lhes foi atribuído pelo branco.
População atual
Dentro da área indígena: cerca de 130 pessoas. Fora da área: mais de 200 pessoas, encontradas em Goiânia, Brasília, Nova América, Rubiataba, Ceres, Crixás, Mozarlândia etc e em outros estados, como Tocantins, Mato Grosso e Pará.
Situação de contato
Encontram-se num processo adiantado de aculturação; incorporam elementos culturais da sociedade nacional, sistema de trabalho, organização econômica, casamento com pessoas de fora da comunidade (casamentos interétnicos); e conservam a noção de pertença às origens indígenas.
Situação da terra
A Área Indígena Carretão compreende duas glebas: a gleba 1, subdividindo-se em gleba 1A, localizada no município de Nova América, e a gleba 1B, localizada no município de Rubiataba, com uma área de 1.666 hectares; e a gleba 2, localizada no município de Nova América, com uma área de 77,5 hectares.
Seu território já é demarcado e homologado; ainda há invasores tanto da gleba 1 como da gleba 2. Os Tapuias ocupam somente a gleba 1; a gleba 2 está totalmente ocupada por invasores. "
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"-Etnias em Goiás e Tocantins no século 18
-Araxá (?)
-Kaiapó (1720, 1760, 1830)
-Goiá (1722-1760)
-Araés (?)
-Xavante (1762)
-Karajá (1742)
-Crixás (?)
-Avá-Canoeiro (1750)
-Akroá (1753, 1760)
-Akroá-Xacriabá (1760)
-Tapirapé (?)"
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"Fontes:
-Momento UCG, abril de 2000
-Atlas Histórico, Goiânia, Cecab, 2001. P. 31
Fotos:
Manuel Lima Ferreira Filho e Dulce M. Rios Pedroso/IGPA "
Crianças Xavantes
"- AS CRIANÇAS INDÍGENAS -
Todas as sociedades humanas constróem brinquedos para as suas crianças. Os brinquedos construídos e utilizados nas sociedades indígenas, no Brasil, variam de acordo com as matérias-primas encontradas no meio ambiente em que esses grupos vivem, sendo que os brinquedos mais comuns são feitos de palha, madeira ou barro. As mulheres costumam fabricar mini bonecas de barro para as suas filhas brincarem. É muito comum também os adultos fabricarem para os seus filhos objectos de palha que representam os animais da floresta, ou elementos que estão presentes no dia-a-dia, como os aviões, que sobrevoam as aldeias.
Hoje também é comum as crianças indígenas pedirem aos seus pais bonecas e bolas de plástico quando estes vão às cidades. Os brinquedos são, em geral, miniaturas de objectos do uso quotidiano de cada sociedade e têm como objectivo divertir as crianças e educá-las para o desempenho das tarefas que irão realizar quando adultas. Nas sociedades indígenas, a organização do trabalho baseia-se na divisão das tarefas por sexo.
As crianças, desde cedo, aprendem a lidar com essa regra nas suas brincadeiras e pequenas tarefas. Os bebés, até aprenderem a andar, vivem aconchegados junto ao corpo da mãe, no macio da tipóia de algodão, feita especialmente para carregá-los, ou na rede. Já as crianças pequenas, de até 3 ou 4 anos, brincam com outras crianças de ambos os sexos e divertem-se com os seus brinquedos ou com algum cesto velho, já sem utilidade. Mas estão sempre próximas às mães, pois costumam ser amamentadas até essa idade. É comum, também, que uma irmã mais velha, adolescente, tome conta das crianças menores, enquanto a mãe prepara os alimentos. A partir dos 4 anos, aproximadamente, as raparigas recebem do seu pai um pequeno cesto cargueiro, confeccionado com finas tiras do arbusto arumã, especialmente para elas. É seu primeiro trançado, dos muitos que receberá ao longo de sua vida. Cabe às mulheres e às raparigas a utilização dos cestos e vários outros tipos de trançados para a realização das tarefas domésticas. Cabe exclusivamente aos homens e aos rapazes a sua confecção. Através da imitação, arrancando as batatas e transportando-as para a aldeia nos seus cesto cargueiros, as meninas vão aprendendo o trabalho feminino, em especial o processo da confecção do beiju, uma espécie de panqueca de mandioca muito consumida pelos povos indígenas brasileiros. Os rapazes, do seu pai, recebem um pequeno arco e diversas flechas, com os quais iram brincar. Por volta dos 7 ou 8 anos, os meninos possuem rede própria e já circulam sozinhos pelos arredores da aldeia. A independência em relação a sua mãe é completa podendo então passar a acompanhar o pai ou o irmão mais velho em caçadas, pescarias e incursões na floresta, dando início ao longo processo de aprendizagem das tarefas masculinas. Os jovens devem exercer e dominar as tarefas próprias de seu género, masculino ou feminino, e de sua idade.
As actividades que irão desempenhar na vida adulta são lhes ensinadas ao longo dos anos, no acompanhamento e observação da realização das tarefas desempenhadas por seus pais, prestando-lhes também ajuda. As principais actividades do universo feminino a serem aprendidas pelas meninas, que as exercerão plenamente quando adultas, consistem basicamente na plantação, colheita e conservação da roça, transporte de lenha e preparo dos alimentos, preparação das bebidas fermentadas, fiação do algodão, confecção de redes, cerâmica e educação das crianças.
As principais actividades do universo masculino a serem aprendidas pelos meninos, que as exercerão quando adultos, são basicamente preparo do terreno para o plantio, caça, confecção de arco e flecha, cestaria, confecção de enfeites plumários, construção de casas. Em geral, as actividades ligadas à pesca com timbó são realizadas por ambos os sexos.
O período de reclusão ritual a que são submetidos os jovens de ambos os sexos varia em cada sociedade. Esse período marca o término do que é considerado como adolescência, nas sociedades indígenas, que para as meninas acontece, geralmente, quando vem a primeira menstruação.
Nas culturas indígenas, o processo de socialização das crianças é considerado tarefa de todos, cabendo às mães e aos pais a orientação nas tarefas e comportamentos que a comunidade espera desse novo membro do grupo. Cabe às crianças brincar e ter a sua mãe sempre por perto para protegê-las, sem jamais levantar a voz, discutir ou bater-lhes. Uma boa mãe e um bom pai educam com autoridade, desenvolvendo na criança a atenção e a observação pessoal, bem como a importância da repetição de uma tarefa até a sua plena aprendizagem. Cabe a todos desenvolver na criança o senso de responsabilidade e o respeito às regras sociais de sua comunidade."
Fonte http://images.google.com.br/imgres?
imgurl=http://xavantes.com.sapo.pt/f56.jpg&imgrefurl=http://xavantes.com.sapo.pt/x3.htm&h=179&w=220&sz=9&hl=pt-BR&start=14&sig2=grG5UwG13OBPNUu0gcFczQ&tbnid=Ap-BjXh1AOD4hM:&tbnh=87&tbnw=107&ei=2aULR_aTKpaueKmYjKIF&prev=/images%3Fq%3Dbonecas%2Bind%25C3%25ADgenas%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG
Bonecas carajás(cerâmica)
Sapo (indios guaranis ) e bonecas (dos bororós )
a)Sapo,índios guaranis
b)Bonecas bororó feitas de cabaças.
Fonte:
Conheça mais, em
www.iande.art.br/.../guaraniansapo040416.htm
Marcadores:
Sapo (Guaranis) e bonecas (Bororós)
Bonecas de Plástico pintadas de urucum...
Imagens:A)Crianças xikrin, com bonacas de plástico (compradas em Marabá), mas pintadas com urucum, para se caracterizarem como suas donas.
B)Maracá dos índios Xikrin (nome indígena: ngoi toit)
C)Crianças Xikrin, carasterizadas, para a a importante cerimônia de nominação.
Do site:http://images.google.com.br/imgres?imgurl=
http://www.iande.art.br/boletim/xikrin%2520crian%25E7as%2520e%2520bonecas.jpg&imgrefurl=
http://www.iande.art.br/boletim015.htm
Iandé Arte com História a arte do Brasil feita em
comunidades tradicionais Boletim #15 - 17/novembro/2006
"Boletim de Histórias - número 15
Índice
1. Introdução: Os índios Xikrin
2. História dos Xikrin (segundo os próprios índios)
3. História dos Xikrin (segundo os não-índios)
4. Artes dos Xikrin: pintura corporal e arte plumária
5. Histórias Curtas
1. Introdução: Os índios Xikrin
crianças Xikrin preparadas para festa de nominação;
fotos de Isabelle Vidal Giannini,
do livro "Grafismo Indígena", de Lux Vidal
"Nas últimas semanas jornais, rádios e televisões têm noticiado (mais) um conflito entre índios e não-índios. A empresa de mineração Vale do Rio Doce reclamou que indígenas da etnia Xikrin, do Pará, entraram na área da mineradora e impediram a empresa de ganhar dinheiro. Por sua vez, os Xikrin solicitam recursos para compensar o estrago que a atividade de mineração faz na área onde vivem."
"É difícil entender o que está acontecendo de verdade, apenas pelo noticiário. Há algumas entrevistas com diretores da Vale do Rio Doce, mas nenhuma palavra dos Xikrin. Ficamos sem saber sua versão do fato. Não sabemos quem são eles, o que pensam, o que realmente querem... nada disso foi publicado."
"Esse boletim da Iandé apresenta um pouco da história, costumes e artes dos índios Xikrin.
No meio da desinformação apresentada pela grande imprensa sobre esse caso, apenas um comentário se salvou: a coluna de Marcelo Beraba, ombudsman do jornal Folha de São Paulo. O jornalista, que é pago para criticar o próprio jornal onde trabalha, apontou em seu texto a distorção que acontece na cobertura jornalística de fatos distantes dos grandes centros, como esse conflito que envolve os Xikrin e a Vale do Rio Doce."
"O texto, cujo título é "O Pará é logo ali", está publicado no endereço
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ombudsma/om0511200602.htm (só para assinantes do UOL) .
Também pode ser lido por qualquer pessoa no endereço do site Observatório da Imprensa: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=406VOZ001
Créditos do texto abaixo:www.iande.arte.br
Contatos:email: iande@uol.com.br
"2. História dos Xikrin (segundo os próprios índios)
Os índios Xikrin contam que seus antepassados viviam no céu. Um dia, dois meninos estavam caçando tatu e cavaram tão fundo que abriram um buraco no céu. Lá de cima, eles viram o mundo aqui de baixo, acharam bonito e chamaram os outros índios.
Eles fizeram uma longa corda, unindo fibras, laços e cordões de toda a aldeia; e desceram para viver na Terra. Não vieram todos os índios. Alguns decidiram ficar no céu, e as luzes das estrelas que vemos hoje em dia são as fogueiras que esses índios fazem lá.
Os indígenas que desceram viviam todos juntos até que um dia descobriram uma grande árvore, às margens do rio Tocantins, da qual nasciam diversas espigas de milho. Eles derrubaram a árvore para plantar as sementes, porém à medida que recolhiam os grãos do milho, começaram a falar línguas diferentes, e se separaram em diversas tribos distintas.
Uma dessas tribos chamava-se mebengokrê. Os não-índios os chamam de "kayapós". Certo dia os mebengokrê faziam uma cerimônia de iniciação quando houve um desentendimento entre os homens mais novos e os mais velhos. O grupo se dividiu em outros menores. O grupo que foi viver mais ao norte deu origem aos índios Xikrin de hoje.
Para saber mais:
- Koikwa, um buraco no céu ; de Regina Santos, Angélica Torres e Isabelle Vidal Giannini"
"3. História dos Xikrin (segundo os não-índios)
Até o fim do século XIX, os não-índios recebiam apenas informações imprecisas sobre o que acontecia em certas regiões de Mato Grosso e Pará. Sabiam que ali havia alguns grupos de índios guerreiros, que não usavam arco e flecha, mas apenas bordunas para golpear os adversários. Os homens brancos chamavam a esses índios de "kayapós"."
"O primeiro contato permanente entre não-índios e os Kayapós aconteceu somente em 1890, onde hoje fica a cidade de Conceição do Araguaia, no Pará. Um grupo Kayapó, apelidado de "pau d'arco", cansou de lutar e recebeu os homens brancos de maneira amigável. São deles as primeira informações confiáveis sobre os demais grupos Kayapós; inclusive os Xikrin, que viviam ao norte da região. Os índios contaram que havia outros Kayapós espalhados nas matas da região que evitavam os não-índios. Os "pau d'arco" foram extintos, quarenta anos depois do contato, por doenças e por conflitos com os colonos que chegavam à região."
"Na mesma época, fim do século XIX, os Xikrin fugiram dos colonizadores brancos e rumaram para o norte, na região onde vivem até hoje. Lá só voltaram a encontrar os brancos no início da década de 60. Ocorreram muitas mortes por causa de doenças mas desde então sua população cresce de forma constante."
"Os índios Kayapó dividem-se em vários sub-grupos: Gorotire, Metutire, Mekrãgnoti, Xikrin, etc... Todos eles falam línguas semelhantes, possuem costumes e mitologia em comum, e chamam a si próprios de mebengokrê. Cada um desses sub-grupos se identifica com um segundo nome, relativo ao sub-grupo. Mais ou menos como um não-índio que se identifica como brasileiro e também como carioca, ou gaúcho, ou mineiro, etc... Os índios Xikrin chamam a si próprios de "putkarôt". Dentro da família Kayapó, os Xikrin são os índios com costumes e língua mais diferentes em relação aos demais sub-grupos. Estima-se que a separação entre eles e os demais Kayapós aconteceu no início do século XVIII. "
Para saber mais:
- texto: "Os Mebengokre Kayapó: História e Mudança Social"; escrito por Terence Turner e publicado no livro "História dos índios no Brasil"
4. Artes dos Xikrin: Pintura Corporal e Arte Plumária
A pintura corporal é a mais importante manifestação artística entre os índios Xikrin. Em uma de suas histórias, uma estrela desce à terra e transforma-se em mulher só depois que tem o corpo pintado com jenipapo. Os recém-nascidos também são pintados assim que perdem o cordão umbilical.
A pintura é uma atividade feminina. As mulheres se juntam a cada 8 dias mais ou menos em sessões de pintura coletiva, onde elas decoram o corpo umas das outras. Utilizam as mãos e lascas de taquara.
pintura facial em Kukreiti, índia Xikrin
(foto de Vincent Carelli para a capa do
livro "Grafismo Indígena" de Lux Vidal)
Desde crianças, as meninas pintam suas bonecas. Aos 10 anos podem pintar seus irmãos menores e quando ganham o primeiro filho, gastam horas e horas pintando a pele do bebê. É uma demonstração de carinho para com a criança. A pintura realizada no bebê é livre, mas para adultos há padrões mais rígidos, ligados à idade da pessoa e à ocasião social.
meninas Xikrin com bonecas de plástico,
compradas na cidade de Marabá,
mas devidamente pintadas com jenipapo
(foto do livro Grafismo Indígena, de Lux Vidal)
Também os adornos feitos pelos Xikrin se destacam pela beleza e pelo uso de cores vivas. Essas peças estão entre as mais cobiçadas por apreciadores de arte étnica, e museus do mundo inteiro mantém peças dos Xikrin em suas coleções. A seguir estão algumas delas:
braçadeiras de criança, dos índios Xikrin
(nome indígena: pikà kam'yr)
colar de madrepérola,
para crianças, dos índios Xikrin
bandoleira de criança dos índios Xikrin
(adorno vestido de atravessado ao corpo)
adorno labial de criança, índios Xikrin
(usado em um furo feito sob o lábio inferior)
cocar masculino, índios Xikrin
(nome indígena: kruwapu)
Para saber mais:
- Grafismo Indígena ; de Lux Vidal
- Viagem ao mundo indígena ; de Luís Donisete Benzi Grupioni
- Kaiapo: materielle kultur - spirituelle welt ; de Gustaaf Verswijver - Museum für Völkerkunde de Frankfurt
5. Histórias Curtas
As casas da aldeia dos índios Xikrin formam um círculo. O local onde a aldeia é construída é escolhido por um xamã, que marca o centro do pátio com um maracá. Esse maracá representa o centro do mundo.
aldeia Xikrin (foto do livro Habitações Indígenas)
Os homens Xikrin mudam-se para a casa de suas esposas quando casam-se.
Os Xikrin apreciam carnes gordas, como anta, porco do mato, jabuti, etc... Também comem peixes mas sofrem hoje em dia com a diminuição da pesca, pois as nascentes dos rios que cortam seu território estão fora da área indígena e passam por regiões de garimpo e fazendas. As águas chegam já poluídas à área dos Xikrin.
A água é um elemento de criação para os Xikrin. A imersão em água está relacionada ao amadurecimento do indivíduo. E foi um espírito das águas quem ensinou a cura das doenças aos índios.
Segundo os Xikrin, a parte leste do mundo é limitada por uma gigantesca teia de aranha. Além dela vive um Gavião-Real que é responsável pela iniciação dos xamãs Xikrin. A ave fura a nuca dos índios e aqueles que sobrevivem ganham poderes espirituais.
As danças e cantos dos Xikrin recuperam o tempo mítico, e recriam a energia necessária para a continuidade e a estabilidade da floresta onde vivem. (E quem há de dizer que não é verdade ?)
maracá dos índios Xikrin (nome indígena: ngoi toit)
Serviço:
Iandé - Casa das Culturas Indígenas : rua Augusta 1.371 , loja 07 - Galeria Ouro Velho - São Paulo
Horário de funcionamento: segunda a sexta das 10:00 às 19:00h ; sábado das 9:00 às 14:00h
fone: (11) 3283.4924 email: iande@uol.com.br
Marcadores:
Iande:excertos e bonecas pintadas de urucum.
Cathia Abreu:Brinquedos e Brincadeiras Indígenas(in "Ciência Hoje das Crianças")
Muitos dos brinquedos
(como o maracá, usado também em danças e cantos rituais)
usados pela criançada brasileira,
tem origem indígena.
Encontrei ,e trago para cá, com os devidos créditos,no ótimo site
http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/3527
Clevane
Confira:
Antropologia
"Brincadeira na aldeia
Conheça alguns jogos e brinquedos usados pelos índios brasileiros!"
"Os piões jogados pelas crianças do povo Manchineri estão entre os brinquedos catalogados pelos pesquisadores."
"Diversão não tem idade! Você já deve ter ouvido essa frase de algum adulto por aí. Pois saiba que não tem idade e nem lugar para acontecer, como comprovou uma pesquisa feita com povos indígenas brasileiros. Ao percorrer aldeias do país, uma equipe de pesquisadores catalogou brinquedos e brincadeiras que divertem a garotada lá.
“Durante 15 anos, um estudo desse tipo foi feito com povos do mundo inteiro. Mas ficaram de fora, por exemplo, os países da América do Sul”, explica Maurício Lima, coordenador do projeto Jogos Indígenas Brasileiros, que realizou a pesquisa no Brasil. Ele teve a idéia de fazer o levantamento dos jogos e brincadeiras dos índios do nosso país durante um encontro em que ficou conhecendo o “jogo da onça e do cachorro”, com o qual os índios Bororos, da aldeia Meruri, no Mato Grosso, se divertem.
Esse jogo, que só existe no Brasil, é muito parecido com uma brincadeira dos incas – antiga civilização que viveu nos Andes, no Peru. Para brincar, basta riscar um tabuleiro no chão – parecido com o de xadrez – e ter em mãos 15 pedras: uma representa a onça e as outras, os cachorros. A onça tem de comer os cachorros enquanto eles a encurralam. Ganha quem capturar mais peças.
Em busca de autênticos jogos indígenas como esse, os pesquisadores do projeto brasileiro visitaram oito aldeias indígenas e catalogaram muitas brincadeiras. Entre elas, o quebra-cabeça, dos índios Canela, no Maranhão; o jogo de dado, dos Pareci, no Mato Grosso e o jogo da banana, dos Ticuna, no Amazonas.
O Poï Aru Nhagü, como é conhecido o jogo da banana entre os Ticuna, tem características que lembram a queimada. Diante de uma pilha de rodelas de banana, duas duplas se confrontam: uma tenta impedir que a outra derrube as rodelas da fruta Ao mesmo tempo, outros participantes, que estão ao redor e se dividem entre os que querem defender a pilha de bananas e os que querem derrubá-la, procuram atingir os adversários com uma bola feita com pedaços de pano, para eliminá-los.
Outros brinquedos identificados pelo projeto Jogos Indígenas do Brasil: da esquerda para a direita,
bilboquê (índios Ticuna), peteca (índios Pareci) e dobradura (índios Canela).
Além de jogos como o da banana, a visita às aldeias revelou também brinquedos fabricados pelos próprios índios, como piões feitos de frutas e varas de bambu ou zunidores, que são uma espécie de disco feito com o fundo de uma cabaça (a casca muito dura de frutos); para brincar com o zunidor, basta girá-lo, o disco emite um som próprio. Também feitos pelos índios, os bilboquês são brinquedos formados de uma bola, com um furo no fundo, ligada por uma corda a um pequeno bastão de madeira. Para brincar, basta jogar a bola para o alto e tentar encaixá-la no bastão. Além disso, os pesquisadores encontraram também dobraduras feitas de folhas de uma planta chamada buriti que representam animais e petecas confeccionadas nas aldeias.
Para quem ficou curioso e quer saber mais sobre a pesquisa, vale a pena visitar o site www.jogosindigenasdobrasil.art.br, que conta detalhes do projeto. Além disso, as escolas públicas podem receber kits com os jogos e uma cartilha explicando como cada um deles foi encontrado e o modo de jogar. Para ter acesso a esse material basta entrar em contato com o Ministério de Educação (veja abaixo).
Fale com o seu professor: quem sabe no próximo intervalo, a turma toda não se diverte com uma brincadeira vinda de alguma aldeia indígena?!"
Cathia Abreu,
Ciência Hoje das Crianças
10/08/05.
SERVIÇO/CRÈDITOS:
Ministério da Educação
Esplanada dos Ministérios – Bloco L, sala 506
70047-901 - Brasília – DF
tel.: (61) 2104-8625
e-mail:cedoc-seb@mec.gov.br
INÍCIO O INSTITUTO CH ON-LINE REVISTA CH CH DAS CRIANÇAS APOIO À EDUCAÇÃO CONTATO
Instituto Ciência Hoje – Av. Venceslau Brás, 71 / casa 27 – 22.290-140 Rio de Janeiro/RJ – Fone: (21) 2109-8999
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