Paraguaçu de Caramuru(I)
(Clevane Pessoa de Araújo Lopes)
Estive na Bahia, no Ano passado, para fazer as oficinas de capacitação, para a OIT(Organização Internacional do trabalho), que patrocina a pesquisa do NNEP(núcleo de pesquisa da UEFS, Universidade Estadual de Feira de Santana,Bahia), no triste enfoque da prostituição de menores,turismo sexual, violências.O curso envolvia interessados policiais,comissários de menores,pessoal de oNGs, etc.
Logo que cheguei, a médica Maria Conceição de Oliveira Costa, coodenadora do NNEp,levou-me para conhecer-ou re/conhecer, de vez que passei lá em criança-Salvador.Maravilhei-me com toda apujança, colorido, belezas naturais, arte ,igrejário, faróis e com a nvo sentido de urabanização que foi dado à cidade .Ao voltarmos para seu apartamento, de onde se vê o mar,passamos pela Igreja da Graça, nome do bairro onde mora, e ela falou-me de quanto fica encantada quando ali vai, assistir Missa e vê, pintada, a imagem de Catarina Paraguaçu.Vestida de dama, mas com um cocar.Lembrei-me das aulas de História, quando eu me encantava com essa personagem poderosa, uma das protagonistas femininas de maior relevância para a formação do povo brasileiro.Ceição contou-me que o terreno para que a Igreja fosse erguida, foi doado por Paraguaçu...
Diogo Álvares, português náufrago, mata duas aves usando um arcabuz, reza a lenda.Os nativos o consideraram uma espécie de, por extensão, deus do Fogo, aliás,na verdade, o chamado “Amãssunga”,deus do trovão.Foi sempre considerado como tal, adorado,tendo –se tornado um grande líder dos Tupinambás, os nativos ali da Bahia.Primevos baianos seriam pois descendentes de um luso e uma indígena da terra brasileira.Jaques Cartier , o descobridor do Canadá, foi quem levou a Catarina e Diogo à Europa, onde ela se batizou,em Saint-Malo, na França,recebendo então, em homenagem,o nome de Catarina de Médicis,esposa de Henrique II,promovendo o casal ao casamento.
“Quayadina”(Catarina), como era conhecida entre os nativos,é considerada “a Mãe do Brasil”.O baiano Tasso Franco, que escreveu “Catarina Paraguassu,a Mãe do Brasi l(Editora Relume Dumará)”, aliás, com razão, reclama porque,nas festividade eventos do Ano do Brasil, na França, não tenham atentado para seu valor histórico.
Estive na Bahia, no Ano passado, para fazer as oficinas de capacitação, para a OIT(Organização Internacional do trabalho), que patrocina a pesquisa do NNEP(núcleo de pesquisa da UEFS, Universidade Estadual de Feira de Santana,Bahia), no triste enfoque da prostituição de menores,turismo sexual, violências.O curso envolvia interessados policiais,comissários de menores,pessoal de oNGs, etc.
Logo que cheguei, a médica Maria Conceição de Oliveira Costa, coodenadora do NNEp,levou-me para conhecer-ou re/conhecer, de vez que passei lá em criança-Salvador.Maravilhei-me com toda apujança, colorido, belezas naturais, arte ,igrejário, faróis e com a nvo sentido de urabanização que foi dado à cidade .Ao voltarmos para seu apartamento, de onde se vê o mar,passamos pela Igreja da Graça, nome do bairro onde mora, e ela falou-me de quanto fica encantada quando ali vai, assistir Missa e vê, pintada, a imagem de Catarina Paraguaçu.Vestida de dama, mas com um cocar.Lembrei-me das aulas de História, quando eu me encantava com essa personagem poderosa, uma das protagonistas femininas de maior relevância para a formação do povo brasileiro.Ceição contou-me que o terreno para que a Igreja fosse erguida, foi doado por Paraguaçu...
Diogo Álvares, português náufrago, mata duas aves usando um arcabuz, reza a lenda.Os nativos o consideraram uma espécie de, por extensão, deus do Fogo, aliás,na verdade, o chamado “Amãssunga”,deus do trovão.Foi sempre considerado como tal, adorado,tendo –se tornado um grande líder dos Tupinambás, os nativos ali da Bahia.Primevos baianos seriam pois descendentes de um luso e uma indígena da terra brasileira.Jaques Cartier , o descobridor do Canadá, foi quem levou a Catarina e Diogo à Europa, onde ela se batizou,em Saint-Malo, na França,recebendo então, em homenagem,o nome de Catarina de Médicis,esposa de Henrique II,promovendo o casal ao casamento.
“Quayadina”(Catarina), como era conhecida entre os nativos,é considerada “a Mãe do Brasil”.O baiano Tasso Franco, que escreveu “Catarina Paraguassu,a Mãe do Brasi l(Editora Relume Dumará)”, aliás, com razão, reclama porque,nas festividade eventos do Ano do Brasil, na França, não tenham atentado para seu valor histórico.
Para os que não sabem, a cada ano, a França escolhe um Páis do qual mostra a cultura plena, a História.Segindo li,lisabete Leonel, coordenadora do projeto do comitê específico (2006), por algum motivo ignorado por nós, omite a nossa nativa, casada com Português,Catarina Parguassu.Tasso já escreveu uma carta ao ministro da Cultura,o conhecidíssimo Gilberto Gil, também baiano, apontando para essa falha.Esperemos que ainda haja tempo de colocar essa incrível mulher no rol das apresentações de arte. (*)
“ Quayadina” representa ,fundamentalmente, a integração racial brasileira, pois seus numerosos descendentes legitimam o nativo, nosso índio(como canta Baby Consuelo,”Todo dia, era dia de índio”).Ela morreu há 416 anos, mas ainda é um vulto feminino de peso,que as escolas precisam aprendem a dar mais ênfase.Além disso, essa história de amor é mui linda,significativa de mil outras misigenações que a partir dela vêm ocorrendo nesses brasis,cujo povo, carrega nas veias tantos outros povos.Atavicamente, somos muitos num só.
Em relação à Igreja da Graça, consta que Catarina, já batizada,,tem um sonho , onde vê náufragos e entre eles, bela mulher branca, que porta nos braços uma criança.Aflita com as impressões, muito reais, desse sonho, roga ao marido que a procure.Diogo Álvares faz correrem a costa, à procura de pessoas que tivessem sofrido um naufrágio.Encontram apenas dezessete navegantes, de origem espanhola que afinaçam, não terem, na tripulação,mulher alguma.Caramuru leva a notícia das buscas à esposa, e ela já tivera outro sonho:a mesma dama clara, dissera que a procurassem na aldeia,e que lhe erguessem uma casa.Numa oca, acham então uma pequena imagem de Nossa Senhora.Diogo a entrega à mulher.É essa mesma imagem que é venerada no altar mor da Igreja da Graça-linda, colonial, testemunho de uma época verdadeiramente brasileira, onde tudo teve início para o Brasil, como uma nova Pátria-abrigo a tantas outras pátrias do mundo...
Em 1999, quando completaram-se 410 anos de sua passagem para outra dimensão, as pessoas que compareceram à Missa, receberam um réplica do brasão da ermida( Armorial da chamada Casa da Torre da igrejinha).
Santa Rita Durão, em seu poema épico Caramuru,, chama Diogo de “O Filho do trovão”(Tupã Caramuru).explica que os tupinambás, antrófagos, vão devorando os portuguese náufragos e que sete são colocados , para engorda, em uma gruta.Diogo percebe que não têm armas de fogo.Veste-se, recolhe pólvora dos destroços e sai para defender seus infelizes companheiros, quando é então, endeusado.Santa Rita Durão atibui a Catarina, feições e pele clara européia...Uma parte maravilhosa do poema, é quando Diogo Álvares parte com Catarina,pois estava saudoso da sua Europa...É quando morre afogada a jovem Moema,que também , como outras índias, lançara-se ao mar buscando alcançar o amado Caramuru...
Diogo fala ao soberano da fauna e da flora brasileiras e o casal ,ao voltar, ocupa-se de liderar as terras brasileiras.Durão conta que o Rei francês, oferece-lhe fortuna, para integrar à França,os indígenas, mas o herói, fiel ao soberano português, não aceita a proposta...Paraguaçu é descrita como uma personagem capaz de grandes premonições sobre sua terra natal...
Guel Arraes resolve fazer uma comédia(lançada em 2001),filme chamado “Caramuru, a Invenção do Brasil”sobre a história de Paraguaçu.A Paraguaçu de Caramuru, conforme gosto, desde criança, de chamá-la.No elenco, o excelente Selton Mello, como Diogo Álvares e a linda Camila Pitanga, a nossa Catarina.Faz sua irmã a não menos bonita Déborah Secco.Outra Débora , a Bloch, com sua pele européia, interpreta a sedutora Isabelle,que se faz pintar por Diogo, um pintor,incumbido de,como usavam antigamente, ilustrar um artístico mapa de navegação,para ludibriá-lo e roubar o dito trabalho, caríssimo e necessário.Deportado por ter caído em seu logro, o protagonista viaja na caravela de Vasco de Athayde,interpretado pelo magistral Luiz Mello.É quando se dá o naufágio, verdadeiro ponto de partida para a história da História.No filme, musicado por Lenine e por Jorge Furtado,de fotografia estonteante-como impossível não ser-atuam ainda Diogo Vilela e Pedro Paulo Rangel.Não obstante a trama ser dessa forma histrionizada, serve para que os jovens se interessem pelos fatos reais, os adultos recordem esse protagonismo entre uma tupinambá e um luso.
Clevane pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Em 9 de abril, de 2005
Essse texto, está publicado em meus sites e blogs e, emm 2007, faz parte da Antologia Roda ao Mundo (2007), organizada por Douglas Lara, de Sorocaba, S.paulo e editada pela Editora Ottoni, de Itu.
A imagem, foi obtida em sites pela internet.
Se qualquer uma , deste blog, que não puder ser exposta para ilustrar os textos, basta que me comuniquem e a retirarei.
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